Você já desejou tanto alguma coisa em sua vida, que não tinha certeza se poderia ser feliz sem isso? Eu já. E foi uma das fases mais difíceis da minha vida. Eu compartilhei sobre essa fase conflituosa à um tempo atrás no blog, em um post chamado: Quando Deus não te dá o que você deseja desesperadamente (When God Doesn’t Give You What You Desperately Want.).
Eu compartilhei sobre minha jornada da solteirice ao casamento e no fim, a luta contra a infertilidade e dois abortos desoladores.
A única coisa que eu desejava desesperadamente era ter filhos, e isso era o que Deus não estava me dando. Nesses últimos anos, Deus fez um sério trabalho de refinamento em meu coração.
Lentamente mas indiscutivelmente, aprendi a submeter meus desejos aos Dele, e a confiar que os seus caminhos são melhores do que os meus.
Até os dias de hoje, Deus não deu filhos a mim e a Zack, mas Ele tem nos mostrado, de maneira poderosa, que Ele é suficiente. Contudo, a jornada de aprendizado não terminou. Eu ainda não cheguei no lugar perfeito e ainda existem dias em que eu luto e preciso escolher ativamente submeter meus desejos a Deus. Na realidade, quando eu pensei que estava em um lugar muito bom, esse ano que passou trouxe para minha vida novos e inesperados desafios. Uma coisa era, eu entregar para Deus algo que eu queria desesperadamente, mas outra coisa era louvar a Deus por dar a outras pessoas a benção que eu desejava desesperamente.
Justamente quando pensei que estava em um solo firme com relação a minha confiança em Deus, as comportas se abriram. Em questão de semanas, eu ouvi ainda mais anúncios de gravidez do que havia ouvido em anos. De diversos membros da família, de amigos próximos, de conhecidos.
Parecia que todos estavam engravidando.
Essa realidade trouxe novos desafios para minha confiança em Deus de maneiras que eu nunca imaginei.
Eu não tive apenas que confiar em Deus e em seu plano para minha vida, tive que confiar Nele quando Ele deu a outras pessoas o que eu tanto desejava.
Você já esteve em uma situação como essa?Todos ao seu redor parecem estar recebendo as coisas que você ora pedindo, mas que Deus não está te dando?
É difícil. É muito difícil, eu sei.
Quando estamos pressionados de uma maneira tão pessoal e dolorosa, nossa resposta a Deus é um reflexo direto do estado do nosso coração.
Podemos escolher responder de um dos dois jeitos:1. Celebrar verdadeiramente o presente de Deus para aquela pessoa.2. Chorar, reclamar e questionar porque Deus não está nos dando isso.
Qual dessas maneiras você costuma responder?
Serei honesta e direi que tenho respondido da segunda maneira, por diversas vezes, definitivamente. Pode parecer normal para nós responder desse jeito, mas, infelizmente, isso mostra nossa total falta de confiança em Deus.
Isso é o que está acontecendo em nossos corações quando sentimos como se não pudéssemos celebrar com as outras pessoas:
1. Orgulho
A maioria das pessoas pensam que a inveja é o maior problema aqui, mas, na realidade, é um coração com orgulho. Quando não conseguimos comemorar com outras pessoas, estamos dizendo: “Deus, o Senhor não sabe o que está fazendo! Se eu estivesse encarregado disso, não faria dessa maneira.”
Quando não podemos comemorar, não estamos admitindo os planos de Deus para aquela pessoa ou para nós mesmos. Estamos, de maneira orgulhosa, dizendo que nós sabemos mais do que Deus e que Ele deveria realizar os nossos desejos com as nossas vontades. Nossos corações orgulhosos são detestáveis aos olhos de Deus. Pv 16.5 diz:“Abominável é ao SENHOR todo arrogante de coração; é evidente que não ficará impune.”
Continua…
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*Este post é uma tradução de um artigo de Kristen Clark publicado originalmente no Blog “Girl Defined”, traduzido e publicado com permissão.
** Kristen Clark tem 27 anos de idade e há 3 é casada com o amor da sua vida, Zack Clark, e não poderia estar mais feliz. Ela ama uma boa xícara de café e não se cansa de amêndoas cobertas com chocolate meio amargo. Ela é co-fundadora do Ministério GirlDefined com a sua irmã Bettany Baird e ama estudar o desígnio e propósito de Deus para as garotas.
***Tradução: Carolina Crepaldi Hito. Revisão: Paula Bacellar de Lima