Garotas não deveriam estudar muito… é algo que eu nunca disse, nem acredito, mas frequentemente se presume tal posicionamento a meu respeito, pois eu advogo em prol do lar e do papel da mãe que fica em casa.
Regularmente, recebo e-mails e comentários de pessoas preocupadas com a possibilidade de eu estar propagando a idéia de que meninas precisam apenas da escolaridade suficiente para exercerem os papéis de esposa e mãe. Combine essa falsa suposição com minha real decepção com as universidades seculares e o efeito que elas têm nas mulheres, e você pensará que eu estou fazendo apologia a práticas discriminatórias contra o meu próprio gênero.
Todos os dias, recebo cartas de mães sérias, sinceras e bem instruídas que dizem o seguinte:
“Sinto-me tão sobrecarregada! Você tem dicas de como manter tudo sob controle? Minha casa sempre se parece com um desastre e eu simplemesmente não consigo me organizar…”
“O que você faz quando seu marido quer começar um novo negócio? Estou nervosa por causa da idéia e há tensão no nosso casamento. Sei que ele deve ser o líder e eu devo me submeter. Como lidar com esse tipo de situação?”
“Você sabe de algum lanche saudável para crianças pequenas? Não sou muito habilidosa na cozinha, mas sei que o açúcar não é bom para ele, e eu estava me perguntando se você teria alguma recomendação…”
Sempre me surpreendo ao descobrir que essas perguntas vêm de mulheres graduadas; professoras, enfermeiras e outras que se tornaram donas de casa. Elas trocaram seu diploma pelo seu papel de esposa e mãe, acreditando (assim como eu) que o lugar mais importante para uma mãe é no lar. Enfrentando a oposição cultural, elas vêem o valor da dona de casa e entendem sua importância à luz das Escrituras.
Todavia, elas se sentem perdidas e sobrecarregadas. Elas pensaram que esse era um papel que elas poderiam simplemente exercer quando a hora chegasse, mas agora que estão neste momento, elas se perguntam porquê investiram todos aqueles anos e dinheiro num diploma que parece inútil.
Por quê ninguém jamais as encorajou a aprenderem como ser uma boa esposa e mãe? Não deveria ser algo natural? Se cuidar de uma casa não exige muito empenho e planejamento, então por quê este sentimento de ser pega desprevinida? Como é possivel que a coisa mais difícil que elas se propuseram a fazer não requeira estudo ou preparação intencional? Por quê não se oferecem graduações em como cuidar de um lar? Há muito material para estudar aqui!
Como é a submissão? Se meu marido faz algo com o qual não concordo, como reagir? Que sistema devo usar para não me deixar sucumbir no meio da roupa suja? Como decido qual o melhor método de educação para meus filhos? Meu marido ama bife e batata, mas eu nunca grelhei nada antes. Como sei que a carne está pronta?
Nossa cultura diz às nossas meninas que elas precisam ter uma graduação para que elas possam ser independentes e capazes de prover para si (nenhum desses conceitos são bíblicos). “Nem todas vão casar”, eles alertam, “e nem todas podem ter filhos”.
Nós as encorajamos a investirem sua energia em uma carreira ao invés de recomendar que elas estudem todas. Nós as preparamos para a solteirice ao invés do plano normativo de Deus para as mulheres: serem esposas (amarem seus maridos), mães (amarem seus filhos) e donas de casa (“boas donas de casa… para que a palavra de Deus não seja difamada.” Tito 2:5)
Depois, elas casam. Elas querem ser esposas piedosas, mas depois de anos e anos sendo treinadas para pensar de forma independente ao invés de uma co-dependente, elas não sabem como. Elas têm filhos, mas não têm ideia de como criá-los. Elas têm uma casa para governar, mas estão perdidas na logística disso tudo.
Cuidar de uma casa rapidamente se torna um fardo e uma frustração. Esta simples ocupação que não demanda nenhuma inteligência e da qual o feminismo tentou protegê-las é mais desafiadora do que elas pensaram. Ao contrário da ideologia popular, é necessária muita inteligência e bom senso para ser uma dona de casa gloriosa
Quantos casamentos infelizes, lares despedaçados, esposas tristes e desesperadas e crianças rebeldes serão necessárias até que venhamos a admitir que preparar nossas filhas de forma intencional para cuidarem de seus lares não é somente “uma boa ideia”, mas algo necessário? Harvey Bluedorn em Teaching the Trivium (Ensinando o Trivium) escreve:
“Não podemos prepará-las para todas as possibilidades do futuro. O dia tem apenas 24 horas. Como uma jovem pode investir o seu tempo da melhor forma? Deveríamos passar tanto tempo preparando-as para a possibilidade de morrerem num acidente de carro? Claro que não… A carreira independente de uma mulher não deveria ser o ideal ou a norma. Emergências podem requerer que uma mulher assuma tarefas que comumente deveriam ser atribuídas ao chamado do homem, mas uma boa educação e treinamento em todas as habilidades de uma família normal irão preparar uma mulher para quase toda emergência. Por outro lado, se preparamos nossas filhas para casarem – para ter um espírito submisso, a se importarem com os outros e governarem suas casas – então seremos surpreendidas se elas se tornarem esposas amorosas e mães com lares organizados e tranquilos? Se nossas filhas nunca casarem, que mal virá de aprenderem a ter um espírito submisso, a se importarem com os outros e a governarem seus lares? Antes, que melhor virá disso!” (cap. 15, p. 438) (grifo da autora)
Será que uma menina deveria ter um alto grau de instrução?
Sim, sim, SIM!
Deixe-a estudar a arte culinária para que ela possa grelhar uma boa carne e fazer pão caseiro para sua família.
Deixe-a ler, escrever e praticar a oratória para que ela possa ensinar seus filhos com confiança e excelência.
Deixe-a aprender tudo que ela puder sobre medicina, ervas e vacinas para que ela possa tomar decisões acertadas sobre a saúde de sua família.
Deixe-a estudar desenvolvimento infantil e técnicas sobre a maternidade.
Deixe-a explorar sobre planejamento familiar e obstetricía para que ela possa dar a luz aos seus filhos sem medo.
Deixe-a aprender contabilidade para que ela possa gerir os livros e controlar o orçamento.
Se ela aprender bem todas essas coisas, ela ingressará na maternidade bem preparada e se ela nunca casar, ela terá mais ferramentas do que o necessário para “dar conta de si”.
Uma dona de casa piedosa é vital para uma família saudável, que é o fundamento de toda a sociedade. Sem famílias fortes, tudo desmorona. Se queremos realmente começar a reformar nossa cultura, temos que:
- Parar de dizer às nossas meninas que o propósito de sua educação é sua futura carreira;
- Parar de supor que elas serão a exceção do chamado normativo de Deus para as mulheres (Tito 2:3-5; Provérbios 31; Gênesis 3:16);
- Parar de insistir que elas deveriam ser capazes de prover para si (I Pe 3:7; I Tm 2:13; Ef 5:23; I Tm 5:1-16);
- Para de encorajá-las a estudarem de forma e em lugares que a desviam do alvo final;
- Parar de menosprezar meninas que escolhem investir na sua educação domiciliar sob a proteção de seus pais;
- Parar de ter tanta fé em graduações ao invés de habilidades da vida real e experiência;
- Parar de dizer coisas como:
“Desculpe, mas… O que é isso, querida? Você quer ser mãe quando crescer? Bom, você não precisa ter filhos, sabia? Você pode ser o que quiser, como uma médica importante ou mesmo uma astronauta!”
“É adorável que você queira ser mãe, mas não é realista. Hoje em dia, você precisa de uma graduação se você quiser ser capaz de prover para si (o que não é necessariamente verdade).”
“É tão fofo que ela queira ser mãe. Isso mudará logo que ela perceber o trabalho que dá!”
Imagine se esposas virtuosas não fossem tão difíceis de encontrar! Meninos teriam que ser homens e nossa cultura, pela graça de Deus, deixaria de ser uma terra inculta onde o feminismo governa para se transformer em um cenário de belos casamentos e lares saudáveis que retratam o amor entre Cristo e Sua Noiva.
Nunca é tarde para preparar nossas filhas para o glorioso futuro que Deus tem reservado para elas!
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* Este post foi publicado originalmente no blog “Growing Home” , traduzido e re-publicado com permissão da autora.
** Jacinda Vandenberg é casada com Brad há 5 anos com quem tem 3 filhos, Charity Sofia, de 4 anos, Judah Paul, de 2 anos e Anna Grace de 8 meses. Eles moram no Canadá onde frequentam a Maranatha Free Reformed Church em Hamilton, Ontário. Ela já escreveu dois livros: “How to Design Your own Blog for FREE (Como fazer o design de seu blog de Graça)” e “How To Grow Your Blog and Manage Your Home (Como fazer o seu blog crescer e Adminstrar o seu Lar)“. Ela também é co-autora de Homeschooling Day by Day (Educação no Lar no Dia a Dia)”. Jacinda bloga no “Growing Home” onde escreve com uma abordagem holística sobre a economia doméstica centrada no Evangelho.
*** Tradução: Vivian Junqueira Viviani
Infelizmente o mundo atual não nos permite aplicar esses princípios. Antes de casar sempre sonhei em ser dona de casa, amo tudo que se refere a casa. Mas a realidade é que os baixos salários e o alto custo (inflação) faz com que nós mulheres tenhamos sim que trabalhar fora…Me formei em direito e hoje estudo o dia todo pra concurso o meu sonho de ser mãe já foi adiado várias vezes simplesmente porque tudo está muito alto e sei que enquanto eu não começar a trabalhar não podemos ter um filho. Essa é a triste realidade Brasileira.
Meu Deus!!! Como é possível??? As pessoas leem o texto mas, não entendem a mensagem que a autora quer transmitir, e a jugam através de sua própria inépcia literária! Certos comentários só trazem à baila a terrível constatação da péssima educação brasileira atual.
Danielle, não julgue assim. Jojo, tenha mais fé! Deus faz o que não podemos fazer; agora, o que vc tem de fazer, Deus não fará por vc. O anos e vigor que passam, não voltarão. Aproveite seu tempo e entrega o resto nas mãos de Deus. Qto ao texto, sugiro outro título: “Mulheres não deveriam trabalhar tanto”. Vejo workaholics sofrendo de culpa por deixar os filhos e a casa por conta de estranhos. Não acho isto legal, apesar de ainda ser solteira. Na verdade, até minhas amigas que não são evangélicas concordam comigo. Fiz concurso pra emprego de meio expediente, o salário é de nível superior, mas não dá pra ficar milionária. Mas é melhor assim e ainda ter o controle das coisas e qualidade de vida. Qto ao estudo, acho que se está solteira, estude, consiga o emprego que lhe agrade, a gente tem que aproveitar o tempo que Deus nos dá! Não vejo problemas em estudar bastante, buscar conhecimento é conselho bíblico, claro, desde que não sobreponha o valor da família. Mas isto serve pra qq um, tanto mulheres qto homens. A família tem de vir em primeiro lugar.
Ótimo texto! Muito edificante! Infelizmente, até no meio cristão, se valoriza muito a “carreira” e detrimento ao papel estabelecido por Deus.
Maldito seja o feminismo entre as mulheres! Texto bastante esclarecedor
Que texto edificante! É tão bom saber que os valores de Deus ainda são mais importantes que os do mundo para tantas mulheres. Ingressei na universidade para poder prover para mim mesma enquanto meu amado não chegava. No quinto período da faculdade ele apareceu e logo nos casamos. Tranquei a faculdade de História e passei a gerenciar a nossa casa. Logo chegou nossa primeira filha e pude realizar meu sonho de ser esposa, dona de casa e mãe. Tenho hoje 28 anos, três filhos lindos, um marido maravilhoso e me considero muito feliz. Não há nada mais gratificante para uma mulher do que viver submissa sob a liderança de um bom homem de Deus, estar junto de seus filhos e cuidar de sua casa com toda a dedicação.
vocês falam assim como se fosse fácil se submeter a um homem. a maioria deles se valem disso parar escravizar e humilhar a mulher que tem ao seu lado …. não julgo nenhuma mãe que ensina sua filha a ser independente….
se ela só aprender a enseirar chão e viver as custas do marido na ausência dele o que será dela?
ser empregada domestica na casa dos outros por ai ….. Me pergunto Deus ficaria feliz?