Ainda não leu a Parte 1? Leia Aqui. Quando falamos sobre educação de meninas, vários aspectos que precisam ser tratados vêm a nossa mente. No entanto, nenhum é tão importante quanto ensiná-las a assumir o papel que Deus determinou para ela na família. O primeiro conceito que surge, então, é o da submissão. Se voltarmos nossos olhos para o livro de Gênesis, veremos que a mulher foi criada do homem e chamada por Deus de auxiliadora idônea. Isto ocorreu antes da queda, portanto o propósito de Deus em criar o homem como cabeça do lar, nada tem a ver com o pecado. Por que o homem, sendo o líder, necessita de uma auxiliadora? Por que ele não poderia dar conta de tudo sozinho, como um poderoso e soberano senhor do lar? Aí está a perfeição da criação de Deus! Homem e mulher, completando um ao outro. Nas palavras de Joel Beeke, “a glória do homem é que ele é o cabeça; sua humildade é que ele não está completo sem a mulher. A glória da mulher é que só ela pode completar o homem; sua humildade é que ela é feita do homem.” Desta forma, ambos desempenham o papel que Deus estabeleceu para a família. O homem sendo o líder, o que protege, o que ama e dá a vida. A mulher sendo sua ajudadora competente, suprindo suas necessidades, aconselhando-o, acolhendo-o e respeitando-o. Estes princípios devem ser ensinados, desde cedo, às crianças da família da aliança. O desejo da mulher de ser independente, de cuidar e dar rumo à própria vida, e à dos outros, precisa ser corretamente moldado desde a mais tenra idade. Nossas meninas já nascem querendo dominar, este pecado está profundamente arraigado no coração das mulheres. O texto que narra a queda do homem termina com as maldições lançadas por Deus sobre a serpente, sobre o homem e sobre a mulher. Uma delas é descrita desta forma: “o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará”. Estabelece-se aí uma verdadeira ‘guerra dos sexos’ que só tem solução na Cruz de Cristo. A mulher sempre tentará se impor e se insurgir contra a autoridade dada por Deus ao marido. Ele, por sua vez, tentará dominá-la à força. Como mães, precisamos ensinar nossas meninas a submeterem-se docilmente ao governo generoso de maridos crentes e a domar sua índole controladora. Quem já não teve a oportunidade de conviver com pequenas tiranas ‘dominadoras de tudo e de todos’ de cinco anos de idade? Quem já não presenciou sua sobrinha ou filha tentando resolver os problemas dos irmãos mais velhos ou dos adultos a sua volta do alto de sua sabedoria pueril? Lembro de quando minha filha tentava, muitas vezes com sucesso, mandar nos três irmãos, não obstante serem mais velhos. Quantas vezes, ela dava palpites e opiniões tão seguras sobre as brincadeiras propostas, que os três meninos sequer hesitavam em seguir a pequena ditadora! Precisamos domar o espírito revolucionário que existe dentro daquelas lindas pimpolhas, enquanto ainda temos chance! Precisamos ensinar a elas que a mulher estará sempre sujeita à autoridade ou do pai ou do marido, e que isso não a diminui. Ela aprenderá muito sobre isso, se nosso relacionamento conjugal for adequado, com um pai dócil e firme, e com uma mãe que tem posições, pensamentos e vontades próprias, mas que se submete, por sua livre escolha, a uma liderança amorosa e cuidadosa, que dará a vida por ela, se necessário! Se sua menina é criada num lar assim, o ensino teórico tem excelentes chances de ser internalizado! Cada ataque de fúria de sua menina contra autoridades deverá ser uma oportunidade de pastoreá-la. Cada vez que ela se insurgir contra seus irmãos, quiser mandar na brincadeira ou tentar escolher a roupa que ele vai vestir é uma chance de ensino. Toda vez que ela responder a uma pergunta no lugar do irmão, antes mesmo que este tenha tempo de acabar de ouvir a pergunta, é terreno fértil para o aprendizado. Lembro-me de uma lista de frases que eram frequentemente repetidas lá em casa: “Agora é a vez dele resolver qual a brincadeira”; “Deixe que ele escolha o canal que ele quer ver”; “Não perguntei a você, mas a seu irmão”; “Isso não é problema seu”; “Não tente resolver todos os problemas da casa”; “pode deixar que eu cuido disto, eu sou a mãe”; “Eu resolvo, isto não é problema seu!”; e tantas outras parecidas! Não se iluda, não são apenas as meninas mais falantes e extrovertidas que manifestam seu desejo de governar. Não se engane com as meninas mais tímidas e caladas. Se você é mulher como eu, sabe que, de um jeito ou de outro, mandando ou chorando, sempre há em nós o desejo de que tudo saia exatamente como queremos! Talvez sua filha não seja aquela ‘sargentona’ como era a minha aos 4 anos de idade, mas note se suas lágrimas e voz meiga também não se constituem um meio, até mais perigoso, de exercer domínio! Outra forma de forjar um caráter submisso em nossas meninas é não tentarmos fazer uma ponte prejudicial entre elas e o pai. Muitas mães se tornam verdadeiras advogadas e cúmplices de suas meninas, dando a
impressão de que os pais são tiranos, e as mães aliadas. Faça sua menina enxergar que ele é autoridade sobre ela e sobre você também, e que você é uma só carne com ELE, e não com ela! Deixe que ela vá ao pai fazer seus pedidos, e ensine-a a docilmente aceitar um não. Fuja da tentação de ser sempre a intermediária entre eles! E se o pai negar o pedido de sua filha, em momento nenhum, diga a ela que você discorda da decisão dele, e vai tentar convencê-lo. Faça-a confiar na decisão do pai, crendo que ele a ama e quer o melhor para ela, mesmo que, no momento, ela não entenda. Desta forma, você estará contribuindo para que sua filha seja, no futuro, uma esposa que respeita as decisões do marido. Louvo a Deus por ver minha filha adolescente tornar-se docemente submissa. Se o ensino e a disciplina foram capazes de amansar aquela pimentinha, fará o mesmo por sua menina! Não se sinta desencorajada, persista, persevere no ensino, na admoestação e na disciplina. No tempo apropriado, você colherá doces frutos! _________ * Simone Quaresma é casada há 23 anos com o Rev. Orebe Quaresma, pastor da Igreja Presbiteriana de Icaraí e da Congregação Presbiteriana de Ponta da Areia em Niterói, Rio de Janeiro. Professora de educação infantil, deixou a profissão para ser mãe em tempo integral de 4 preciosidades: Lucas (20 anos), Israel (18 anos), Davi (16 anos) e Júlia (14 anos). Ela mantém o blog Se Eu Gostasse de Ler… de leituras diárias para os jovens da Congregação pastoreada por meu marido; é professora da classe de jovens e trabalha com a SAF da Igreja onde ele é pastor auxiliar.
Muito bom e propício para os dias que estamos vivendo hoje…
eU GOSTEI MUITO DESSE BOLG, CONHECI ELE ATRAVEZ DE UMA AMIGA QUE MI ENVIOU O SITE..
GOSTO DE COMPARTILHAR ESSA VANTAGENS DE MULHERES..
ABRAÇOO
ANA CAROLINE..
07/12…
Olá..
Muito bom os textos tem edificado minha vida.Espero que logo vc escreva uma serie sobre meninos…
Abraço
Sim, Angela! Em breve… Muitas ideias e lembranças sobre a criação dos meus três meninos têm fervilhado em minha cabeça!
Excelente texto. Tem muitas coisas que às vezes parecem pequenas, mas que refletem diretamente no caráter dos filhos, ou melhor, das filhas…