victorian mom and kidsTodo pai tem a responsabilidade de eventualmente ter “aquela conversa” com seus filhos. Você sabe de qual conversa estou falando – aquela que finalmente diz de onde vêm os bebês. Acredito que poucos pais anseiem por essa conversa ou se sintam confiantes para tê-la. Porém, ainda que venhamos a tropeçar, nós e nossos filhos sobreviveremos.

Eu passei um bom tempo essa semana preparando algumas mensagens sobre o design divino para seres humanos e sua sexualidade. Isto requereu um aprofundamento nas diferenças entre uma compreensão bíblica da sexualidade e aquela que é imposta pela cultura ao nosso redor – um entendimento que requer a destruição daquilo que as pessoas sempre creram e a criação de todos os novos tipos de categorias. (Veja, por exemplo, Os “novos pássaros e novas abelhas”-  “gêneros”). Quanto mais eu leio sobre o caos geral que envolve este assunto atualmente, mais eu fico convencido da necessidade de encarar “aquela conversa” não apenas como uma responsabilidade dos pais, mas como um privilégio. “Aquela conversa” não é só uma oportunidade de transmitir informação, mas uma oportunidade de transmitir maravilhas.

Apenas pare um momento para pensar sobre o sistema de reprodução humano, o assunto daquela infame conversa. Vamos considerar somente um aspecto. Você já pensou no porquê nós usamos a palavra “sistema” para discutir sobre reprodução? Quando eu estava escrevendo um livro sobre fertilidade, eu tive que pesquisar a definição de sistema e cheguei a isto: “Um sistema é uma série de coisas ou partes conectadas formando uma rede complexa”. Um sistema geralmente parece simples exteriormente, mas na verdade é bem complexo. A complexidade está escondida por causa do funcionamento regular da rede. Dessa forma, a reprodução humana envolve um sistema – um sistema maravilhosamente simples e complexo. A maravilha disto está no fato de um sistema reprodutivo masculino independente e em perfeita função combinar com um sistema reprodutivo feminino independente e em perfeita função para se tornar um sistema muito maior. Não apenas isso, mas quando combinados eles criam um sistema completamente novo e uma pessoa completamente nova. Não há nada como isso! É demais para nossa mente e é praticamente miraculoso. Isto é fantástico – envolve temor e deslumbramento.

Agora pense no senso comum predominante que compreende estes dois sistemas vieram da evolução, através da combinação acidental de tempo e sorte. Não, sinceramente. As pessoas negam o design e aceitam a sorte. Pense no resultado, pois se tudo veio a ser assim sem a existência de um designer, não há nenhum significado ou importância em nada disto. Certamente, não há nenhuma responsabilidade moral atrelada a este fato– tais sistemas podem ser usados da forma que as pessoas desejarem. Na verdade, nós não podemos nem insistir que o que parece óbvio é, sem dúvidas, óbvio. Não podemos nem insistir que há um significado nas diferenças entre sexos. Pense na desesperança e insignificância, então contraste com o puro encanto de admitir e admirar que Deus assim o fez.

Há muitos anos atrás, Elisabeth Elliot escreveu estas palavras:

Através dos milênios da história humana, até as duas últimas décadas ou próximo disso, as pessoas tinham por certo que as diferenças entre homens e mulheres eram tão óbvias que não era necessário qualquer comentário. Elas aceitavam o modo que as coisas eram. No entanto, nossas ideias simples têm sido atacadas e confundidas, nós perdemos nosso referencial em uma neblina de retórica sobre alguma coisa chamada igualdade, de maneira que eu me encontro numa desconfortável posição de ter que insistir com pessoas instruídas sobre algo que já foi perfeitamente óbvio ao mais simples camponês.

Não obstante, ela não estivesse escrevendo sobre a confusão sexual do século 21, ela poderia ter feito isso. Aquilo que outrora era tão simples tornou-se tão difícil. O que antes era tão óbvio tornou-se tão complicado. O que algum dia foi uma fonte de fascínio tornou-se uma fonte de confusão e incerteza. E no meio desta loucura e insegurança, nós temos a alegria de celebrar a bondade de Deus e seu maravilhoso design. Nós podemos celebrar o que Deus fez e o que Ele criou.

“Aquela conversa” é um momento de ajudar seus filhos a contemplar o bom design de Deus e ver as evidências de Seu trabalho através disto. Sua tarefa não é simplesmente transmitir os fatos necessários, mas transmitir a fascinação apropriada. Sua tarefa é dizer “Olhe o que Deus fez! Veja o que Ele criou!”

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tim challies 2*Esse texto foi postado originalmente no www.challies.com. Traduzido mediante permissão. Original em Inglês: Aqui.
**Tim Challies serve como pastor da  Grace Fellowship Church in Toronto, Ontario. Ele é casado com Aileen e pai de 3 filhos com idades entre 9 to 15 anos.
*** Tradução :Bruna Bugana