Alegria é um tema importante na Bíblia. Deus abençoa o seu povo com a alegria da salvação, com as alegrias da comunhão com Cristo e com as outras pessoas, as alegrias do trabalho, da união, e a promessa de eterna alegria, sem tristeza ou dor de interrompê-la. Deus se deleita ao ver seu povo alegre. Ele criou especialmente pais e mães para que tivessem alegria em seus filhos.
E as crianças trazem a suas mães muita alegria. Em um mundo perfeito, mães seriam alegres o tempo todo. Mas esse mundo não é perfeito e há coisas específicas que podem roubar a alegria de uma mãe. Como cristãos, nós temos as ferramentas que precisamos para identificar o que está ao nosso redor que “desmancha-prazeres” e cultivar a alegria que Deus nos criou para ter em nossos papéis como mães.
A primeira desmancha-prazeres de uma mamãe é a circunstância.
Estamos muito ocupados. Estamos muito cansados. E um ano, todo mundo é afetado na véspera de Natal. Alguns dias, vamos sentir que estamos no limite. Podemos olhar em volta e ver as roupas para lavar e a louça e ver que a criança desenrolou todo o papel higiênico de novo, e sinto que não há nenhuma alegria que reste.
A Escritura nos diz que a nossa alegria não deve estar firmada no que está acontecendo ao nosso redor. Se nossas circunstâncias ditam nossas emoções, então vamos estar à mercê do que acontece ao nosso redor. Não é assim que Cristo viveu e não é a forma como devemos viver. Cristo viveu na terra fazendo o que Ele deveria, sem permitir que circunstâncias ditassem seu comportamento. Ele respondeu às circunstâncias ao invés de reagir a elas, constantemente fazendo a vontade do Pai.
A alegria deve fluir para as nossas circunstâncias, não para fora delas. E essa alegria vem de saber que Deus está no controle da situação e prometeu usá-los para o nosso bem: Ele está agindo em paternidade perfeita em relação a nós e aos nossos filhos, isto é o que deve nos trazer alegria, independentemente da pilha na lavanderia.
Poucas coisas matam a alegria de uma mamãe tão rapidamente como preocupações e medos.
As mães têm uma imaginação fértil. De câncer infantil a acidentes de carro, de bullying a dificuldades de aprendizagem-mães podem ter longas listas de possíveis histórias de terror que nunca vão acontecer na realidade, mas que matam a alegria imediatamente.
E isso é apenas o pecado, não é? Carolyn Mahaney disse isso sobre medos de mamãe: “Para cada espiada de medo no futuro, há um desejo de antes ter olhado para Cristo. Para cada problema imaginário evocado, desejo ter recordado a fidelidade especial e infalível de Deus. No lugar de consternação e horror, eu gostaria de ter exibido esperança e alegria. Eu desejo ter abordado maternidade como o pregador Charles Spurgeon entendeu de seu trabalho: “Previsão de vitória, não pressentimento de derrota”. Se nós estamos olhando para Cristo, para trazer a vitória, seja qual for a forma que ele saiba ser a melhor, podemos ter alegria no presente . Como a mulher de Provérbios 31, podemos rir dos dias que virão, pois sabemos como lançar todas as nossas preocupações e medos sobre o Único que pode levá-los embora.
O terceiro potencial desmancha-prazeres são as vontades e necessidades de nossos filhos. Se a criança é um bebê que chora sem motivo, ou uma criança que quer dormir na diagonal em sua cama para evitar pesadelos, ou um adolescente exigindo mais coisas que farão as pessoas gostarem dele, não podemos satisfazer todas as necessidades ou vontades que nossos filhos têm. Nós somos humanos e estamos limitados: tempo limitado, dinheiro limitado, energia limitada.
De frente com as nossas próprias limitações e exigências intermináveis podemos perder nossa alegria. A cosmovisão bíblica corrige isso também e restaura a alegria. Não podemos satisfazer todas as necessidades e nem devemos. Fazemos o nosso melhor, o nosso melhor sacrificial, prover, amar, ensinar e pastorear os nossos filhos, mas não é o suficiente, porque nossas crianças foram feitas para eternidade – feitas para Deus. Ele é o único que pode e vai atender cada uma de suas necessidades e satisfazer cada vontade, quando estão voltadas a Ele. Isso traz alegria às mães, porque as necessidades das nossas crianças podem ser atendidas, e a carga não repousa sobre nós! Somos livres para fazer o nosso melhor: balançar e amamentar sem stress o bebê que chora; ensinar a criança sobre a onipresença de Deus, sem se preocupar; para falar com o adolescente, sem sentir-se na defensiva. Nós só temos que fazer o que fomos chamados a fazer, não o que Deus prometeu que Ele fará. Isso nos liberta para a alegria na maternidade.
Então, essas são as três maneiras que a alegria pode morrer e três maneiras que a alegria pode viver. Todos nós podemos adicionar mais maneiras de nossa própria experiência. Se os desmancha-prazeres que querem atacar são respondidos com a Palavra e oração, então eles vão morrer rapidamente. Dessa forma, enquanto vivemos a maternidade para com nossos filhos, a alegria do Senhor será a nossa força.
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Este post é uma tradução de um artigo de Rebecca VanDoodewaard publicado originalmente no Blog “The Christian Pundit” traduzido e re-publicado com permissão da autora.
*Rebecca VanDoodewaard é dona de casa, editora free-lancer e escritora. Ela é esposa do Dr. William VanDoodewaard, ministro da Associate Reformed Presbyterian Church e professor de História da Igreja no Puritan Reformed Theological Seminary, com quem tem 3 filhos. O casal bloga no “The Christian Pundit”
** Tradução: Bruna Farias Bugana