Sempre quis ser mãe, mãe de muitos filhos e odiava quando me diziam: Depois do primeiro você vai mudar de ideia. Sem perceber, eu acompanhava a visão romântica  sobre a maternidade. Mas logo no primeiro dia com nossa bebê tivemos um grande choque de realidade. Ela chorava sem parar no hospital, nem as enfermeiras tinham paciência para nos ajudar, dividíamos o quarto com uma família e isso nos deixava mais constrangidos por não sabermos o que fazer. Sabíamos lindamente a teoria, tínhamos estudado bastante, fiz até um extenso “plano de parto”, que incluía não ter anestesia durante o trabalho de parto, não fazer episiotomia se possível, não oferecer chupeta ou complemento para a bebê dentre outros desejos ideais. Consegui alguns, muitos outros não. Na primeira madrugada, ao som estridente de choro após ficar 3 horas seguidas amamentado, implorei pela chupeta que tanto odiava. Ali então percebi que muitas coisas não seriam como tinha planejado.

Tinha alguma coisa errada, eu pensava. Esperava ser aquela mãe radiante, feliz, amorosa, aquela mãe sorridente da propaganda do dia das mães. Mas cada hora sem dormir pesava, cada coisa que eu não conseguia administrar e precisava de ajuda me fazia impotente e incapaz. Não conseguia concluir nenhuma tarefa. Tamanho era o  cansaço que dormia com presilha no cabelo sem me sentir incomodada e vergonhosamente sem escovar os dentes. Então, escrevo para você, uma mãe comum, mas que passa despercebida das histórias que ouvimos.

Fiquei apavorada ao perceber que tudo mudara. Eu já sabia das dificuldades, mas não soube medir a intensidade. Tive que lutar com meu coração ingrato. Meu parto foi maravilhoso, melhor do que eu poderia imaginar. Mesmo com as  complicações na gravidez, Elisa nasceu saudável e eu também estava com plena saúde – apesar das intercorrências – e tinha à disposição uma estrutura familiar organizada para me ajudar. Então, após procurar e aceitar ajuda, admiti que deveria aprender e reaprender muitas coisas. Vi que meu perfeccionismo e o desejo de controlar a minha rotina tinham se tornado um ídolo para mim e estava frustrada por não conseguir servir a este meu anseio. Eu pecava para obtê-lo e pecava por não conseguir também, seja com impaciência ou com indisposição em atender minha filha para satisfazer o descanso que meu corpo gostaria.

Queria ser forte e capaz como muitas mulheres do passado e outras de agora que têm muitos filhos e que conseguem ter uma casa limpa e organizada, estar com as leituras em dia, com a comida feita, a marmita do marido pronta, nenhuma conversa pendente no whatsapp, roupas limpas, banho tomado e sem estar descabelada com cara de louca esperando ansiosamente o marido chegar do trabalho. Mas não! Eu tive que admitir minha fragilidade e reconhecer que o meu jeito de fazer as coisas não era o único modo correto e adequado para nossa bebê.

Diante disso passei a enxergar meus dias sob outras perspectivas. Gostaria de resultados rápidos, mas não obtive. No inicio não temos “recompensas”, é doação total para nossos pequenos. O tempo que você gostaria para ir ao banheiro em paz vai demorar a chegar, a faxina será parcelada e o almoço talvez seja requentado. Mas chegará! Este é o consolo, os dias são eternos, mas os anos voam. Irritava-me quando ouvia que passaria rápido, mas num piscar de olhos seu bebê já vai provar os primeiros alimentos e você se assustará quando ele estiver escondido debaixo nas cadeiras bem longe de onde o deixou.

A maioria das mulheres passa por uma fase que é conhecida como puerperal blues ou baby blues. Os sintomas se manifestam geralmente nas primeiras duas semanas após o parto e o pico acontece no quarto ou quinto dia após o nascimento. Está principalmente relacionado à queda hormonal que acontece na mãe após o parto e costuma remitir espontaneamente sem necessidade de medicação. As características são: chorar facilmente, instabilidade no humor, irritabilidade necessitando de compreensão e ajuda para os cuidados com o bebê.

Todavia estes sintomas podem persistir ou surgir após o primeiro mês. Se isso acontecer após o período do blues ou em algum momento no primeiro ano de vida do bebê, deve-se ficar alerta pois pode ser depressão pós parto. Os principais sintomas são o humor deprimido, sentimentos de culpa, capacidade de concentração prejudicada, insônia, perda de apetite, choro fácil, instabilidade afetiva, indisposição, perda de interesse pelas atividades rotineiras, cansaço extremo, falta de interesse em cuidar de si e do bebê, entre outros.

Um estudo realizado no Brasil, pela pesquisadora Mariza Theme, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz) intitulado Factors associated with postpartum depressive symptomatology in Brazil: The Birth in Brazil National Research Study, 2011/2012, apontou que uma em cada quatro mulheres apresenta sintomas de depressão no período de 6 a 18 meses após o nascimento do bebê.  Este número é muito significativo, mas o assunto ainda é pouco abordado, especialmente no meio cristão.

“Falta de fé”…, “Pecado”…, “Ela só quer chamar atenção”… São conceitos comuns em nosso meio. A DPP (Depressão pós-parto) é uma patologia que deve ser diagnosticada e tratada, não excluímos que em alguma instância é consequência do nosso pecado, da nossa carne e nosso coração corrupto; não negamos que pode ser advinda de um ou mais pecados específicos, mas a origem da depressão pode ser proveniente de muitos fatores, como por exemplo, mudanças físicas como quedas hormonais, fatores emocionais, fatores genéticos e históricos de depressão anterior.

Aprouve ao Senhor por sua misericórdia trazer sobre mim a depressão pós parto. Sim, o Senhor! Em uma prova do seu amor, Ele trouxe a depressão para provar o meu coração. Eu tive todo apoio familiar com uma estrutura muito bem organizada para meu cuidado e para o cuidado de Elisa. Mas ainda sim eu chorava muito, não sentia o amor que esperava sentir por ela, não sentia fome, sentia-me indisposta para qualquer tarefa, seja escovar os dentes ou cuidar dela. Por dias padeci com uma dor de cabeça horrível. Eu imaginava que todo este processo era normal e que melhoraria, todavia foi só piorando. Então precisei me abrir e pedir ajuda.

Rodamos por alguns psiquiatras, que é o profissional indicado para tratar a depressão, mas demoramos um pouco para achar um que correspondesse ao que esperávamos. Enquanto isso, por meio da consulta ginecológica pós parto, eu já estava medicada e gradativamente sentia melhoras. Meu desejo de pegar minha bebê no colo veio quando ela já tinha aproximadamente um mês. Apaixonar-me por ela e admirá-la, como costumeiramente as novas mamães fazem, veio bem depois.

Quando iniciei meu tratamento entrei com uma medicação para me estabilizar emocionalmente, junto a isso passei a fazer aconselhamentos semanais, o que corresponde às terapias que os médicos recomendam associar ao tratamento.

Precisei de muita ajuda no cuidado com Elisa, pois eu não tinha condições de executar as tarefas básicas, passei um tempo apenas amamentando-a, o que já foi uma grande benção porque permitiu que não perdêssemos o vínculo. A estrutura familiar foi extremamente importante para minha recuperação e para os cuidados com a Elisa. Semanalmente eu meu marido conversávamos com um casal amigo competente tanto espiritualmente como clinicamente que nos aconselhava. Diariamente eu respondia a questões simples em um aplicativo que enviava um relatório detalhado aos médicos. Nossa família também era acompanhada por este casal, e eles ajudavam a avaliar a evolução do tratamento e do relacionamento afetivo com nossa filha. A compreensão e o envolvimento da família e dos amigos próximos foram essenciais para minha rápida melhora. Algumas vezes não precisava dizer nenhuma palavra, apenas necessitava dos abraços apertados e amorosos que transmitiam segurança e apoio.

Com o tempo nossos conselheiros e a psiquiatra foram exigindo que eu retomasse algumas atividades aos poucos, como dar banho na Elisa, lavar roupas e passar parte da noite com ela sob nosso cuidado. É necessário explicar que a mãe com depressão pode agir de modos diferentes com relação ao bebê, ela pode desejar ativamente causar dano ao bebê, ou simplesmente ficar apática à possibilidade de dano, não sabendo como reagir. Geralmente os casos de mães que tentam contra a vida do filho, ou a si própria, são mais incomuns e, mais raros, são os casos de psicose puerperal, onde a mãe pode ter lapsos de memória e alucinações.

O medicamento que utilizei não teve nenhum efeito colateral, nem para mim, nem para Elisa. Hoje existe uma classificação de risco para o uso dos medicamentos psicofármacos que permite sabermos quais efeitos podemos experimentar e, felizmente, é possível fazer o tratamento de forma a não afetar a saúde do bebê. O aconselhamento bíblico é uma poderosa arma que, combinada ao uso da medicação, pode restaurar nosso físico e nossa alma. É imprescindível sondarmos nossos corações nestas horas sombrias.

Há um questionário desenvolvido na Grã-Bretanha para pesquisa da depressão pós-parto, traduzido e validado em diversos países, inclusive no Brasil. Chama-se Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS – Edinburgh Postnatal Depression Scale), composto por dez questões de sintomas comuns de depressão e utiliza formato de respostas do tipo Likert. Meus resultados à época eram bem altos, mas graças a Deus hoje são mínimos.

Diante deste quadro separei algumas iniciativas que foram muito válidas para me adequar à nova vida com base nos versículos abaixo:

Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento”. Filipenses 4:4-8

Alegrai-vos no senhor

Ele é a sua recompensa aqui e no porvir. Ele lhe concedeu o dom de gerar filhos. Lembre-se que fomos preservadas pela nossa missão de mãe (1 Tm 2:15). Merecíamos a morte, as dores de parto e as dificuldades da maternidade são pequenas gotas do cálice da ira de Deus que era destinado a nós, mas aprouve a Deus derramar sobre seu Filho, o Cristo. Em qualquer dificuldade que passarmos aqui devemos nos alegrar na esperança da glória futura e nos lembrar do inferno que merecíamos e que recaiu sobre Cristo por sua maravilhosa graça.

Seja grata pelas coisas ordinárias

Este foi um conselho importante de uma doce amiga que tem sete filhos. A cada novo dia tenho isso em mente. Acordando com dor nas costas, lembro-me de minha mãe que na ocasião diria: “Agradeça a Deus que você tem costas para poder sentir dor”. Cada serviço doméstico agora será um desafio, então seja grata por cada louça lavada e roupa dobrada e agradeça principalmente ao Senhor em oração por cada coisa que conseguiu fazer.

Contentamento

Jeremiah Burroughs conceitua contentamento como “[…] aquela doce, íntima, serena, graciosa disposição de espírito, que livremente se submete à, e se deleita na sabedoria de Deus e em Sua disposição paternal em todas as condições”.

Recorde-se um pouco sobre a história do povo de Israel. Deus se ira profundamente contra a murmuração e a falta de contentamento. O descontentamento com a condição que Deus determinou, fez o povo andar quarenta anos no deserto, uma geração inteira não entrou na terra prometida por sua incredulidade, e fez cair milhares de pessoas como no exemplo da revolta de Corá, Datã a Abirão (Nm 16).

Muitas vezes nossas ações demonstram um coração incrédulo. O Senhor prometeu que vai completar a obra que iniciou, que não nos dará provações além de nossas forças, ele assegura que todas as coisas cooperam para o nosso bem. Devemos nos desembaraçar de todo o peso do pecado que tenazmente nos assedia, fazendo a carreira que nos é proposta olhando firmemente para Cristo que, em troca da alegria que lhe era proposta, suportou a cruz (Hb 12).

O contentamento nascerá em nosso coração e florescerá quanto mais contemplarmos a obra de Cristo, com coração grato reconhecendo que merecíamos a morte eterna.

Estabeleça prioridades

Prioridades no cuidado com a casa, no cuidado pessoal, dos filhos e do marido ajudarão você a se organizar melhor. O lema é dividir para conquistar. Divida suas obrigações em pequenas tarefas e vá concluindo as etapas. Organizei uma rotina semanal e cada dia tem sua prioridade nas diferentes esferas, por exemplo, esforço-me para ter um banheiro sempre limpo, esta é a prioridade de serviço, mas acima dela está o cuidado com Elisa, seu banho e amamentação. Então tudo bem se eu não conseguir lavar o banheiro, existem outras prioridades. Releve!

 Paciência

Muitas vezes ao dia você precisará exercer sua paciência, mesmo contra sua natureza pecaminosa. Precisamos lançar nossa ansiedade sobre o Senhor, porque ele é quem cuida de nós. A nossa moderação é que deve ser conhecida dos homens e nosso traje deve ser um espírito manso e tranquilo, pois este é que tem valor diante de Deus.

Talvez esse seja o ponto mais difícil. Muitas vezes minha filha estava irritada, e eu ficava irritada e queria que ela se acalmasse, mas como ela poderia se acalmar se eu estava impaciente com ela?! Que exemplo eu estava mostrando?! E é incrível a sensibilidade que os bebês têm ao ambiente. E, infelizmente, por vezes tornamos o ambiente pesado com nosso descontentamento. Devemos correr para o Senhor e suplicar sua ajuda.

Unir-se ao cônjuge

Foi uma fase de aumento significativo de nossa amizade. No início eu não queria expor meus sentimentos mais íntimos, insatisfações e frustrações, queria privá-lo do monstro do meu verdadeiro eu. Mas apenas quando conversamos francamente ele pôde me ajudar pastoreando meu coração, me forçando a lutar contra meus pecados, inseguranças e falhas. Assim pudemos caminhar juntos, um ajudando o outro a ter paciência nas madrugadas, nos ajustando e nos adequando.

Um ponto crucial é reconhecer a nossa fragilidade como explana o livro Relacionamentos de Timothy Lane e Paul Tripp: “O aspecto mais perigoso dos seus relacionamentos não é sua fraqueza, mas a sua ilusão de força”. Reconhecer minha fraqueza foi um obstáculo muito grande a ser ultrapassado para mim, especialmente porque as mulheres de minha família tiveram que vestir uma armadura para proteger seus corações após o falecimento de meu pai. Pedro diz que somos a parte mais frágil, isso não nos diminui como o feminismo prega, isso nos enaltece e coloca numa posição privilegiada de cuidado e amor. Precisamos admitir nossa sensibilidade e abrir nossos corações, permitir que nosso cônjuge nos pastoreie fortalecendo nossa fé, nosso amor, e assim demonstramos ao mundo como Cristo cuida de sua Igreja.

Aceitar ajuda

Toda ajuda é bem vinda. Em nossa antiga igreja fazíamos  uma escala em que as irmãs da igreja fariam refeições para os lares que recebem bebês. As refeições são feitas conforme a disponibilidade de cada uma; algumas fazem um prato, outras fazem a alimentação da semana. É tão especial receber uma comidinha pronta, adianta tanto as vidas agitadas das mamães nos primeiros meses. É um privilégio!

Talvez o que te ajudará será uma roupa passada, ou uma faxina. De qualquer modo, não recuse ajuda nem com a casa e nem com o bebê. Muitas vezes queremos dar conta de tudo, e nos sentimos em areia movediça. Seja humilde e peça ajuda se for necessário. Uma ajuda com a fralda pode ser um grande alívio para uma mãe cansada.

Releve com bom humor

Seja doce. Quando nada esta favorável é tão difícil ser amável e doce não é?! Mas a amabilidade é um exercício, assim como a paciência. Lembre-se que amor e alegria são frutos do espírito que devemos exercer constantemente. Releve quando você coloca um lençol novo e em 10 minutos o seu bebê já fez sujeira, e se isso se repetir a semana toda? Seja grata pelo intestino do seu bebê que está funcionando. É difícil, não conseguimos por nós mesmo, por isso precisamos recorrer ao Senhor que é a fonte de todo saber. Se precisamos de sabedoria devemos pedir ao Senhor, pois ele dá liberalmente (Tg 1:5) e, com certeza precisamos a todo tempo. Um coração alegre aformoseia o rosto, o ânimo sereno é a vida do corpo, o olhar de amigo alegra o coração, e as boas-novas fortalecem até os ossos.

Leia a Palavra de Deus e bons livros

A leitura da Bíblia e o momento devocional são a principal fonte para tudo o que precisamos diante de nossas labutas. Parece impossível achar tempo, mas é essencial para nossas vidas e nossos lares. Muitas vezes nossas tarefas nos afogam e quando vemos já estamos sonolentas ao fim do dia e não abrimos a Bíblia e nem falamos com o Senhor. Realmente é muito difícil achar um tempo “livre”, mas precisamos ter em mente que a prioridade é buscar o Reino de Deus e assim as outras coisas serão acrescentadas.

O melhor momento que encontrei para devocional foi pela manhã, às vezes antes do café ou depois, após adiantar algumas atividades domésticas. Separe um momento. É o nosso alimento, quando priorizo outras coisas, ao fim do dia estou novamente frustrada, fraca e apática espiritualmente. Se não consegue um tempo sozinha aproveite para ler para seu bebê, estará plantando a semente da fé, instruindo e estimulando seu desenvolvimento. Pois “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Tm 3:16 e 17).

Durante o período mais severo da depressão iniciei a leitura de um livro maravilhoso chamado Providência – Um mistério de John Flavel. Transcreverei aqui alguns preciosos ensinos dele:

“Os problemas que lhes sobrevêm pela providência são necessários para subjugar o pecado que ainda reside em você”.

“Quando se lembram do que Deus fez em vocês e por vocês ao longo de suas vidas, seus corações se amolecerão antes de poderem recordar a metade de Suas misericórdias”.

“Deus deveria ser visto nas providências tristes também. Vejam a graça e a bondade de Deus em todos os acontecimentos tristes. Até mesmo nos momentos mais escuros, podemos ver a bondade de Deus de duas maneiras: a misericórdia, em preservar este mundo, e a graça, em salvar Seu povo para o mundo futuro”.

“Como intenso calor e frio testam a saúde e força de nossos corpos, assim as mudanças em nossas vidas feitas pela providência testam a força da graça de Deus em nossos corações”.

Minha querida irmã achegue-se confiadamente ao trono da graça, porque já temos o nosso Sumo Sacerdote, Cristo o Justo, que pagou o preço do nosso pecado (Hb 6: 14-16). Ore ao Pai, pois o Espírito nos assiste em nossas fraquezas e intercede por nós (Rm 8:26). Não caia na incredulidade se aparentemente o Senhor tardar. Lembre-se de Moisés, no Êxodo ele roga ao Senhor que lhe mostre sua Glória, porém o Senhor responde que homem algum verá a Sua face e viverá (Ex 33). Passados centenas de anos depois o Senhor responde a oração de Moisés colocando-o no monte da transfiguração juntamente com Elias para consolar o Senhor Jesus após predizer sua morte (Lc 9:28-36). Não tarda o Senhor, antes os “seus olhos passam por toda terra para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele (2 Cr 16:9).”

“Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus. Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêm, mas nas que se não vêm; porque as que se vêm são temporais, e as que se não vêm são eternas”. (2 Co 4:15-18).

Fontes:

https://www.vittude.com/blog/test/escala-de-depressao-pos-parto-de-edimburgo/

http://www.scielo.br/pdf/rpc/v33n2/a09v33n2.pdf

 

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*Larissa Quaresma deixou o curso de direito para dedicar-se exclusivamente ao lar; casada com Israel, eles têm uma filha Elisa e congregam na Igreja Presbiteriana Peregrinos em Belo Horizonte -Mg.