Quando um casal tem um filho, logo começa a fazer planos. Agora, há um ser que depende deles, cujo futuro será influenciado diretamente por suas decisões. Certamente, onde ele vai estudar é uma dessas escolhas importantes que os pais precisam tomar e, indubitavelmente, todos desejam o melhor.
A opção mais comum é procurar uma escola boa, competente e bem estruturada. De preferência, que tenha valores sólidos e, se possível, cristã. Contudo, nem toda família vai por este caminho. Há mais de quatro décadas foi resgatada a prática de se ensinar no próprio lar, ao invés de enviar o filho para escola, que é uma instituição não muito antiga, do século XVIII.
Esses pais, assim como os demais, buscam o melhor para seus filhos, porém entendem que podem e devem assumir pessoalmente a educação formal de seus filhos, no ambiente de casa e fora dela.
São muitas as motivações que conduzem a essa escolha e não se limita ao aspecto religioso. Há famílias de todos os credos (inclusive ateus), tamanhos e condições sociais que veem na educação domiciliar uma opção mais apropriada e compatível com seus estilos de vida.
Sendo assim, a partir de agora apresentaremos apenas 10 vantagens da educação em casa, levando em consideração as motivações de uma família cristã.
- O ensino é de um para um: ou seja, individualizado e personalizado. Respeita-se o ritmo da criança e a melhor forma que ela tem de aprender. Se a criança apresenta dificuldade em determinada matéria, por exemplo, é possível se dedicar mais tempo e energia a ela.
- Valoriza-se o interesse da criança: sabe-se que quando temos desejo de aprender algo esse aprendizado é mais eficiente e eficaz. Em casa, podemos direcionar o ensino de qualquer disciplina usando como guia algo que ela esteja interessada em aprender.
- Economia de tempo: leva-se menos tempo para aprender, pois não há tantas distrações. Sabemos que numa sala de aula se gasta muito tempo para aquietar a turma, escrever no quadro, chamar atenção dos que estão atrapalhando, etc… Além disso, muitas vezes, a família precisa gastar um tempo precioso desfazendo os ensinos mentirosos e perniciosos aprendidos na sala de aula.
- Escolha do material: cada família pode selecionar o método de ensino e o material a ser usado, evitando livros que ensinam mentiras e valores ímpios. Sabemos que a maioria dos livros didáticos estão imersos em doutrinas marxistas e ideias antibíblicas e, com os filhos na escola, é preciso uma supervisão diária e exaustiva do que está sendo ensinado. Além do que, é possível usar livros clássicos, biografias, enciclopédias e estudar assuntos que na escola não são oferecidos.
- Sociabilidade: o convívio no ambiente familiar potencializa o aperfeiçoamento do caráter do indivíduo, podendo os pais perceber, de forma presencial, como se dá a relação dos filhos com as demais pessoas, de diversas faixas etárias (e não apenas da mesma idade), fazendo possíveis exortações em tempo real, aplicando o ensino bíblico para cada situação.
- Horário flexível: não é preciso acordar muito cedo ou se arrumar correndo para sair. Por vezes, as crianças nem querem tomar café da manhã, pois ainda estão sonolentas ou precisam se apressar (quando estudam pela manhã). Em casa, é possível fazer a primeira refeição com calma, geralmente em família, respeitando o relógio biológico deles. Outra vantagem é que, caso surja alguma atividade não programada, pode-se adequar o horário de estudo para outro período naquele dia.
- Férias em família: geralmente os pais tentam tirar férias no mesmo período do recesso escolar, o que nem sempre é possível. Ensinando em casa, as férias podem ser programadas no período que for melhor para todos. Se forem viajar, dá para aproveitar baixa estação.
- Valores: a memorização, muito mal vista pelos educadores modernos, contudo de grande valia para o desenvolvimento cognitivo, ganha vida não só em poemas, datas e fatos, mas através de versículos e do uso do catecismo. Mais ainda, dá para se usar a Bíblia no ensino de gramatica, alfabetização, história e por aí vai. A Palavra de Deus não entra em cena apenas no contexto de culto, mas permeia todo o aprendizado.
- Avaliação diferenciada: cada dia mais cedo as crianças estão sendo submetidas a provas e testes que exigem delas um tempo enorme de estudo em casa, além do ideal. Algumas só podem brincar nos finais de semana, pois durante a semana o tempo é preenchido entre ir à escola, fazer dever de casa e estudar para provas. Sem falar no grau de estresse e cansaço físico e mental. Vale lembrar que nota não mede aprendizado e, não é raro que se esqueça muito do conteúdo visto pouco tempo depois. Em casa não é preciso haver provas, nem notas, mas os pais podem avaliar e perceber o quanto seus filhos estão aprendendo diariamente, de forma tranquila e individual. A avaliação não é um ato ou um momento, mas um processo contínuo.
- Autodidatismo: talvez, uma das maiores vantagens seja o desenvolvimento do sujeito intelectualmente ativo, através do autodidatismo, que o capacita a estudar de forma sistematizada sem a necessidade de um professor ou tutor. Com o tempo, a criança adquire a habilidade de guiar seus estudos por si mesma, sendo supervisionada pelos pais.
As vantagens e motivações não param por aqui, mas acredito que essas já nos permitem ter uma boa noção do que se passa na mente e coração dos pais que abraçam a educação domiciliar.
Se você deseja ler mais sobre os benefícios do ensino em casa, acesse o site do pedagogo cristão Fabio Schebella.
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* Carioca, Rachel mora há 26 anos em Aracaju, onde o seu esposo, Pr. Alauli Oliveira, pastoreia há 6 anos a Igreja Presbiteriana 13 de Maio (IPB). Rachel é pedagoga e doula, mas se dedica ao lar em tempo integral. Mãe de 5 filhos: Júlia 9 anos, Sophia 6, Lorena 4, Lucas 3 e Helena 9 meses, Rachel pratica Homeschooling (ou Educação Domiciliar) há pouco mais de 3 anos. Ela escreve para os blogs www.educacao-domiciliar.com e www.tocandoideias.blogspot.com.
Olá Raquel,
moro na Alemanha e confesso que estou muito, mas muita insatisfeita com a escola do meu filho. Assisti ao filme Alphabet e, desde então tenho pensado muito na educação que o meu filho está recebendo. O meu pequeno tem uma inteligência acima da média, no entanto não gosta de freqüentar a escola e recebo freqüentemente reclamações das professoras. O mais fustrante disso tudo: aqui não há homeschooling e já pensei até em me mudar para a Autria, país onde o homeschooling é permitido.
Enfim, na verdade esse meu e-mail é apenas um desabafo, desabafo de uma mãe que gostaria de proporcionar um outro tipo de educação para o seu filho.
Parabéns pelo site e enganjamento.