devemos também associar a aplicação das regras com instrução, e instrução com perguntas, e perguntas com conversas. Nós devemos cuidar disso, para que eles saibam o que fazer, como fazer e por que isso importa.
Como podemos inculcar convicções cristãs em nossas crianças? A última parte de Provérbios 23 nos dá muita informação sobre como fazer isso. Vou resumir seus ensinamentos em seis princípios.
Princípio #1: Inculque convicções disciplinando com misericórdia.
Embora possa surpreender muitas pessoas hoje, parte do plano amoroso de Deus para treinar crianças pequenas a dirigirem seus corações com sabedoria é batendo nelas quando necessário. Provérbios 23:13-14 diz, “Não retires da criança a disciplina,
pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.” A vara da correção deve ser usada, não para machucar o corpo, e certamente não para dar à criança o que o seu pecado merece, mas apenas para frear a sua tendência natural de escolher o mal e rejeitar o bem.
Aplicar a disciplina corporal é um dos aspectos mais desagradáveis de liderar uma família de modo cristão. Algumas pessoas igualam bater com raiva ou abuso, mas todos os cristãos devem lembrar que “a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tg 1:20). A vara da ira não é o mesmo que a vara da correção. Disciplina paternal deve se conformar ao exemplo de nosso Pai no céu: “Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem” (Pv 3:12). O motivo é o amor, não a raiva; o modo é paternal, não judicial; o objetivo é a correção, não a punição (Hb 12:5-14).
A disciplina pode dar errada se você não tiver claro em sua mente que você está agindo no lugar de Deus. Caso contrário, a tendência será disciplinar a criança baseado nas suas emoções ou aborrecimentos pessoais e não nas ordenanças de Deus. Disciplinas injustas ou egoístas podem apenas provocar a ira dos filhos e diminuir a consideração deles por você. Se você perder o controle e começar a gritar,
você rapidamente esquecerá de todo o propósito da disciplina cristã. Nunca esqueça que quando você disciplina, você está disciplinando no nome de Deus. Ele colocou a vara da correção na sua mão e você é um administrador dessa vara em favor dele. Como representante de Deus, você deve administrar a disciplina com:
1.Amor:
“Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão. Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem”, diz Provérbios 3:11-12. Disciplinar sem amor mostra a suas crianças a imagem do diabo, não a de Deus. Quando o diabo nos aflige, o seu objetivo é nos amargurar contra Deus e nos trazer destruição. Quando Deus nos pune, o seu intento é nos tornar participantes de sua santidade e retidão (Hb 12:10-11).
2.Instrução:
Cristo diz, “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te… Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas” (Ap 3:19,22). Combine a repreensão e o castigo com uma explicação sobre o mal feito, enfatize o que é o arrependimento e o quanto a graça demonstrada por Cristo àqueles que abandonam seus pecados é gratuita e garantida, para que a mente e a consciência dos seus filhos possam repercutir com a justiça e a bondade do que você fez. Essa é uma razão pela qual bater deveria aplicar-se apenas quando uma criança é grande o suficiente para entender o ensinamento. Leve a criança a um quarto privado, explique o mal que ela fez e por que você precisa bater nela. Depois, abrace a criança e ore com ela. E então considere a questão resolvida. Não a traga de volta. Como Spurgeon brincou, quando você enterra um cachorro, você não deixa o rabo dele pra cima, aparecendo na grama.