Traduzido e publicado pela Editora Shema em 2020, seu livro original, em Inglês, foi lançado há 20 anos e já tem abençoado famílias desde lá. Os irmãos James e Margaret Davis cerca de um ano e meio, antes do lançamento, procuraram a editora com o desejo de publicar esse livro de devocionais diárias baseadas no Breve Catecismo de Westminster; eles tinham usado o material com os filhos e netos e conheciam a importância do assunto tratado para as famílias brasileiras. Quando recebi o livro e, ainda nas primeiras folhas mostrei ao meu esposo, ele já me disse animado: – Podemos começar na próxima segunda a estudar esse livro nos cultos domésticos.

 Estudar por meio de perguntas é algo utilizado há séculos para chamar o estudante ao interesse e ao aprofundamento da aprendizagem. Mas o objetivo do questionamento não é levar a reflexão – como diz o modelo socrático – mas é expressar verdades profundas sobre o que a Bíblia diz a respeito do Messias. Os catecismos foram escritos por diversos teólogos da Inglaterra e Escócia entre 1643 e 1653 e são nada menos do que a exposição dos ensinamentos da Bíblia.

            O Catecismo Menor (ou Breve Catecismo) é composto por 107 perguntas e respostas e, seu objetivo, era que o Catecismo de Westminster fosse mais acessível às crianças. Nesse livro a autora expõe o ensino de cada doutrina (cada pergunta) por uma semana com textos bíblicos associados a cada um dos dias.

            Em sua introdução, Starr fala com preocupação sobre as mudanças do propósito de ‘fazer parte de uma igreja’ nos dias de hoje:

            “A fidelidade à doutrina bíblica está se tornando uma prioridade cada vez mais rara ao se buscar uma igreja”

            A geração seguinte é parte fundamental da família da fé, e quando nossas crianças forem adultas, terão clara compreensão da fé que precisarão defender? Reconhecerão as falsidades e as refutarão prontamente?

            “Antigamente, os catecismos eram usados rotineiramente. A igreja e a família trabalhavam juntas para prover o ensino mais eficaz possível para os filhos que cresciam nos círculos cristãos. Os pais deveriam trabalhar com seus filhos em casa, exigindo que memorizassem as respostas do catecismo ou memorizando-as juntamente com eles. As famílias discutiam juntas o significado das perguntas e respostas. Os pastores pregavam sobre os tópicos tratados no catecismo e sistematicamente visitavam cada família da igreja, fazendo a eles as mesmas perguntas, a fim de conferir se os membros da família estavam aprendendo as respostas.”

            Infelizmente a pedagogia moderna, que enfatiza em demasia a importância da experiência pessoal e escolha de cada inexperiente estudante, joga de lado (ou até mesmo fora) a importância da memorização.

            “O que eu consigo me lembrar melhor da minha infância é aquilo que eu memorizei. Eu posso trazê-lo à memória a qualquer momento em que eu precisar deles, confiantes de que estarão ali para me servir”

            Além da pedagogia moderna, também muitas igrejas têm, cada vez em maior número, entregado um evangelho aguado a adultos e crianças, enchendo os adultos de emocionalismo e às crianças, de entretenimento onde o foco passa a ser o ser humano moral no lugar de ser a Maravilhosa História de Cristo.

            “Deus em sua graça e condescendência encheu as Escrituras com histórias, ilustrações concretas da verdade abstrata. Mas nós devemos usar as histórias bíblicas da forma como Deus planejou que fossem usadas. Ele as deu a nós pela mesma razão pela qual nos deu a Escritura – para que pudéssemos saber como ele, o único deus verdadeiro, é, e entender a salvação que Ele providenciou para seu povo por meio de seu Filho.”

 Qual então seria a solução para nós, mães e pais, que desejamos transmitir o que é sólido e verdadeiro? Temos que relembrar continuamente a verdade que somos nós mesmos, os responsáveis pelos nossos filhos diante de Deus. Prometemos isso ao batizá-los, certo? Agora é nossa obrigação levantar as mangas e agir confiados em Deus!

            Esse livro é uma ferramenta. Cada pergunta e resposta do Catecismo de Westminster vem acompanhado de 6 leituras devocionais diárias (segunda a sábado) em linguagem simples para compreensão das crianças. Se estudada 1 das perguntas por semana, levaremos 2 anos para finalização do livro.

            Por fim, para seu deleite, deixaremos a citação do primeiro dia:

“P1. Qual é o fim principal do Homem?

R: O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre.

SEGUNDA-FEIRA

O que acontece quando você usa alguma coisa para outro propósito que não seja o seu real propósito? Se, por exemplo, você quisesse dentes bem brancos e tentasse clareá-los usando graxa branca para sapato? Funcionaria? Claro que não! A graxa de sapato é usada para clarear sapatos, não dentes. O que aconteceria se você colocasse marshmallows em sua torradeira? Você faria uma bagunça enorme, porque torradeiras são feitas para torrar pães, e não marshmallows. As coisas funcionam melhor quando você as usa para o fim que elas foram planejadas.

Deus tinha um propósito em mente para os serem humanos quando ele os criou. Deus projetou as pessoas para o conhecerem e se alegrarem nele. As rochas, as árvores e os gatinhos não podem alegrar-se em Deus, mas as pessoas podem!

Leia Salmos 16.11. Esse versículo descreve a alegria e o prazer que as pessoas têm em Deus quando elas vivem de acordo com o propósito que Deus tem para elas. Mas algumas pessoas vivem como se o seu propósito fosse divertir-se ou ganhar muito dinheiro. Pessoas assim nunca estão satisfeitas. Elas descobrem que a alegria de momentos divertidos ou de ter coisas novas logo desaparece. Isso acontece porque elas não estão vivendo de acordo com o propósito que Deus tem para elas. Quando vivemos para desfrutar de Deus, estamos fazendo o que Deus nos criou para fazer e a nossa alegria nela será duradoura.”

            Em Cristo

            Equipe MP


Starr Meade é casada com Paul, o amor de sua vida. Eles têm três filhos adultos e seis netos. Sempre envolvida com crianças e adolescentes, vive viajando, passeando, lendo e escrevendo. Nos Estados Unidos, Starr atuou por dez anos como Diretora do Ministério das Crianças em uma igreja local, supervisionando-as desde a infância até a sexta série e nessa época ela escreveu currículo e materiais devocionais familiares. Em seguida, Starr trabalhou por oito anos como professora de escola cristã, ensinando Bíblia e iniciando aulas de latim.
Starr passou doze anos dando aulas de ensino médio para alunos Educados em Casa. Atualmente ela faz revisão e edição de cópias para editores cristãos. Starr tem bacharelado em estudos da Bíblia com ênfase em Educação Cristã pelo Arizona College of the Bible.