A história dos reformadores para crianças é uma coleção de 10 livretos, cada um tratando sobre um reformador diferente. A autora é Julia Mcnair Wright. A coleção foi publicada pela Editora Letras.

A ordem dos livretos é a seguinte:

1. George Wishart

2. William Tyndale

3. John Knox

4. John Huss

5. Martinho Lutero

6. Felipe Melanchton

7. João Calvino

8. Rainha Margarida

9. Princesa Renata

10. Almirante Coligny

Eu escolhi 3 deles para resumir:

1. George Wishart

Nasceu cerca de 500 anos atrás, na Escócia. Ele cresceu sendo ensinado pelos pais a respeito de Deus e quando ficou adulto se tornou professor. Além disso, ele também pregava a Palavra de Deus.

Ele foi um homem muito bondoso. Como ele demonstrava isso?

“Toda semana ele dava sua camisa para um homem pobre, comprava uma nova, a qual ele doava na próxima semana. E assim, a cada semana, ele dava as suas meias pretas; a cada mês, ele doava seus sapatos; de três em três meses, ele doava seu manto e casaco; e seu chapéu, ele doava depois de um ano” – nos conta o livro.

Wishart é um exemplo de bondade para nós, assim como Jesus. E ainda não acabou!

“Todos os dias ele dava uma refeição a algum pobre, e comia duas. A cada 4 dias, ele comia apenas um pedaço de pão e bebia um pouco de água, e dava toda a comida daquele dia para os pobres. Assim, ele dava aquilo que lhe custava algo.”

Não é impressionante? Isso que é verdadeira bondade!

Pregando o evangelho, Wishart foi expulso das cidades de Dundee e Ayrshire.

Logo, uma peste veio sobre Dundee. Wishart viu que essa era uma oportunidade de falar mais uma vez sobre Deus naquela cidade! Então, chegando lá, viu que as pessoas doentes estavam sendo colocadas para fora da cidade e ninguém cuidava delas.

Isso é terrível mas, mesmo assim, Wishart encorajou os doentes e eles creram em Jesus. Ele pregou para os que estavam com saúde, e logo essas pessoas foram cuidar dos doentes e várias pessoas creram no que Wishart disse.

Entretanto, uma pessoa não ficou nada feliz ou satisfeita com a pregação de Wishart. Essa pessoa foi o cardeal Beaton e ele ficou com tanta raiva de Wishart que decidiu matá-lo.

Wishart foi perseguido por ele e, mais tarde, pelo conde de Bothwell, que o prendeu e o queimou na fogueira. Foi muito triste, pois Wishart morreu injustamente, por pregar o evangelho. Depois, o conde sofreu a consequência do seu pecado. O próprio povo se voltou contra ele e o matou.

O pecado tem consequências. Com esta história também aprendemos a ser bondosos, o que é muito bom. E o mais importante: a pregar a Palavra de Deus. Seguir o exemplo de Wishart é uma ótima ideia, assim como o de Jesus.

2. João Calvino

Esse famoso reformador nasceu em Picardia, em 1509, e morreu em 1564.

O pai dele era católico e era também um oficial da Igreja. Desejava que o seu filho se tornasse sacerdote. A família de Calvino era nobre e rica, mas sua mãe era uma verdadeira cristã. Ela ensinou algumas coisas sobre Deus a Calvino, e ele ouvia, com grande interesse.

Os colegas de João Calvino cometiam vários e vários pecados, sem nem se importar de estar ofendendo a Deus. Calvino os acusava de seus pecados. Ele recebeu um apelido: “Acusativo”.

Calvino perdeu sua mãe cedo, mas ela foi uma grande influência para seu filho.

Ele tinha um primo chamado Robert. Robert era um servo de Deus, assim como a mãe de Calvino. O primo de João lia a Bíblia e isso fez com que Calvino se interessasse por ela.

“- Robert lê a Bíblia. – disse Calvino. – Isso não é uma boa coisa a se fazer?

– A Bíblia é uma fábrica de danos – disse seu pai. – A Igreja diz para deixá-la quieta. Eu quero que você nunca tenha alguma coisa a ver com isso.” Nos conta a história no livro.

O pai de Calvino realmente não queria que seu filho fosse contra as regras da Igreja Católica.

Além da mãe desse reformador e do primo dele, ainda teve outra pessoa importante para a conversão verdadeira de Calvino. O seu professor de grego. Ele falou para Calvino aprender a ler em grego, assim ele poderia ler o Novo Testamento na língua em que foi escrito.

Quando cresceu, se tornou um grande pregador da Palavra de Deus. Seu pai não gostou…

“ – Não se importe com as pessoas, estude e se torne grande – dizia para Calvino.

– As pessoas têm almas a serem salvas – respondia Calvino.”

Seu pai teve paralisia e morreu.

Calvino tinha um amigo em Paris, Cop. Eles dois tinham a mesma fé, e uma vez Calvino escreveu um sermão e Cop o pregou. Quem não gostou foram os católicos… Eles quiseram matar Calvino e Cop. Por isso, os dois tiveram de fugir de Paris.

Calvino escreveu o seu livro, um dos mais famosos do mundo. O nome é As Institutas.

João Calvino foi um importante reformador, pois ele arriscou a própria vida para pregar o Evangelho. Você quer um exemplo melhor ainda? Mas é claro! Jesus Cristo!!! Calvino seguiu o exemplo de Cristo, e nós devemos fazer o mesmo!

3. Princesa Renata

Esta é a última pessoa que eu escolhi para resumir a sua história. A Princesa Renata viveu no século XVI e era filha do Rei Luís XII, o rei da França.

Seu pai era um homem que queria que tudo fosse muito fácil e que se importava muito com o seu conforto. Sua mãe era muito orgulhosa, invejosa e vaidosa.

Já a sua irmã, a Princesa Cláudia, era uma bondosa menina, assim como Renata. Mas Cláudia não era alegre como a querida Renata. Enquanto ela era corajosa e confiante, sua irmã Cláudia era medrosa e acreditava em qualquer um que lhe dissesse algo, verdade ou mentira.

As duas princesas foram levadas pela sua mãe para uma torre, para aprenderem os ensinos católicos e também para ficar longe dos vícios e loucuras da corte real.

Cláudia se casou com o seu primo, Francisco, por ordem do rei. Ela o amava mas ele não se importava com ela. Eles tiveram filhos, que foram levados do castelo para serem educados, como ela e Renata foram, quando crianças. Ela ficou muito triste e solitária com isso, e mais ainda com a morte de seu marido. Ela ficou doente de tanta tristeza. Então, morreu.

Renata ficou entristecida com a morte de sua querida irmã, pois elas se amavam muito, e cresceram juntas, na torre onde a sua única amiga era Cláudia.

A Rainha Margarida, outra reformadora (também presente nesta coleção de livretos), tinha dito às duas sobre Jesus mas, como eu já disse, Cláudia era medrosa demais para desobedecer à Igreja Católica. Mas em Renata isso teve um efeito diferente. Ela se converteu e amou a Jesus, seu Salvador.

Ela se casou com o Duque Hércules, de Ferrara. Ele era católico. Ela não queria se casar com ele, mas como seu pai a deu em casamento, ela teve de ir. Mesmo com um marido que ela não queria, ela cuidou dele e se dispôs a ser uma esposa muito boa.

Isso fez com que o duque amasse Renata. Eles tiveram três filhas, que também foram levadas para serem educadas nos conhecimentos da Igreja Católica.

Renata ficou profundamente triste com a ida das filhas, mas não tinha escolha.

Ela era surpreendentemente bondosa. Doava dinheiro, roupas e comida aos pobres. Além disso, pregava para eles. Também os abrigava. Dava casas para alguns. E escondia reformadores que estavam fugindo em seu palácio. Um deles foi Calvino. Mas os sacerdotes não gostaram nem um pouco disso…

Eles disseram para ela parar de pregar. Seu marido lhe disse que, se ela não se tornasse católica, Renata teria de ir embora do castelo. Mas ela não poderia parar assim, tão facilmente!

Renata foi, então, embora de seu palácio e ficou em outro, que seu marido deu. Lá, ela pôde ver suas filhas.

Ela continuou pregando o Evangelho e os sacerdotes ficaram com muita raiva e privaram Renata de várias coisas: suas filhas não poderiam mais ficar com ela, Renata não poderia mais ajudar os pobres de nenhum jeito, e ela não poderia mais pregar. E ainda não poderia ver ninguém protestante. Quão triste Renata ficou!

Ela foi perseguida, mas nunca se esqueceu do nosso Senhor! É uma triste história, mas ela demonstra confiança em Deus!

Essa linda coleção nos conta histórias maravilhosas, de homens e mulheres que acreditaram que Deus estaria sempre com eles, e nós devemos seguir esses exemplos, e principalmente, o de Jesus!

Fernanda Valente Coutinho. 10 anos. Filha de Milton Jr e Poliana. Tem um irmão chamado Filipe (6).  Natural de Vitória/ES, é da Igreja Presbiteriana da Praia do Canto, a qual seu pai pastoreia. Gosta muito de ler, brincar e fazer atividades em família. É uma ótima ajudante da mamãe.