Fonte da imagem: Fundamento cristão

GRANDJEAN, Samuel. Tradução: Reinaldo Ribeiro de Silva Franco. Editora: APEC. 2016

Aracy, uma menininha indígena de 3 anos, mora numa pequena aldeia caiuá, na reserva Taquaperi, dentro da vasta mata virgem do Mato Grosso do Sul, no Brasil. Esse é o cenário no qual se inicia nossa história. A propósito, gosto tanto da história da vida de Aracy que já li o livro quatro vezes!

A indiazinha morava com sua irmã mais velha, Joana, seu pai e sua mãe Iracema. Com todos os indígenas a sua volta temendo os “poderosos e impiedosos deuses da natureza”, Aracy aprende a ter medo deles também. A vida na aldeia era muito precária, mesmo que o povo contasse com a ajuda de missionários cristãos. A alimentação dos indígenas era sem horário definido, em pouquíssimos dias havia carne e as crianças, a não ser em dias festivos, somente comiam as sobras. Além disso, as pessoas não tinham meios de se aquecerem nas noites um pouco mais frias. Todas essas condições fizeram com que a tranquila vida de Aracy fosse completamente mudada.

Certo dia, a mãe de Aracy ficou muito doente, com sintomas que nem o pa’i – o feiticeiro da aldeia – conseguia descobrir do que se tratava. Então, os indígenas resolveram chamar um dos “homens brancos do livro de Deus” que, ao ver o estado da mulher, leva-a para um hospital muito distante. Muito triste e com saudade da mãe, Aracy começa a ficar fraca e, três meses depois, é levada pelos missionários para o mesmo hospital.

No hospital da Missão Caiuá, tudo era incrivelmente diferente e estranho para Aracy. Chuveiros, ao invés de rios. Lâmpadas, ao invés de luz natural. Casas de tijolos ao invés de malocas. Isto sem contar com aquela “coisa dura” que chamavam de cama! Além disso, Aracy acabou descobrindo ao ouvir uma conversa entre outras pacientes, que sua mãe havia morrido. Como era muito pequena, a indiazinha começou a pensar que todos naquele lugar eram seus inimigos e tinham matado sua pobre mãe.

Porém, para sua felicidade, Aracy encontra amigos no meio de toda aquela gente. Esses eram Sr. Orlando e D. Lóide, o casal administrador do hospital. Após um tempo, o casal decide adotar a menininha, pois temiam que, se ela voltasse para a aldeia, poderia ficar novamente doente. Com isso, Aracy começou a frequentar a escola, aprendeu a falar português e conheceu aquele que se tornaria seu melhor e fiel amigo: o Senhor Jesus.

À medida que Aracy crescia, ela passou por muitas aventuras. Já adolescente, decidiu se tornar missionária. Entretanto, para isso, ela precisaria de alguma formação. Então, para ajudar sua querida Missão Caiuá, que já a havia ajudado no passado, Aracy decidiu se tornar professora. Será que ela conseguiu seu diploma e se tornar a primeira brasileira indígena a se formar em Pedagogia?

Para saber o final dessa bela história, você precisará ler Aracy, a pequena indígena. Mas posso lhe contar o que aprendi. Aprendi que se nós tivermos compaixão de quem precisa de ajuda, sempre Deus irá nos recompensar. Essa recompensa pode vir mesmo somente numa sensação boa de ter agradado ao Senhor. Também aprendi que se você, primeiramente, confiar em Deus e depois for perseverante, alcançará seus sonhos. E por fim, essa história me lembra que nosso Deus sempre estará perto quando precisarmos.

Catarina tem 11 anos de idade e é filha de Carlos Eduardo e Janaina Xavier. Mora em Curitiba com seus pais e seu irmão, Timóteo.  Congrega com sua famíia na Igreja Batista Alameda, em Curitiba. Catarina gosta muito de estudar, tocar piano, de dançar, de cozinhar e de ler.