espelhoMartin Lloyd-Jones escreveu, “Cristianismo tem algo a dizer sobre tudo em nossa vida. Não há um aspecto sequer da vida que não considere, que não governe. Não devem existir compartimentos na nossa vida cristã.” Bom, a Bíblia não fala sobre as redes sociais, nenhuma palavra, mas está cheia de princípios que precisamos aplicar aos nossos hábitos nas redes sociais. Sem essas diretrizes, o uso que fazemos das redes sociais se transforma numa situação prejudicial do tipo “o hashtag para o Twitter e o Twitter para o hashtag” (I Co 6:13). Não é suficiente utilizar as redes sociais da maneira para as quais foram feitas; elas foram criadas por pessoas que não temem à Deus. Como podemos remir o nosso uso desses meios de comunicação para que se tornem ferramentas para a adoração e serviço cristão?

Quem.O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre“, nos lembram os padrões de Westminster. É muito fácil concordar com isso na teoria e negar a mesma afirmação na prática ao usar o Facebook. Sobre quem é o seu feed de notícias? Quais temas são abordados nos seus tweets e compartilhamentos? É sobre o seu trabalho? Suas férias incríveis? Seus filhos? Seus animais de estimação? Suas habilidades e projetos? Seus resultados em testes de personalidade? Seu amor extraordinário por bacon? Sua falsa modéstia? Você está se promovendo para construir uma “marca” pessoal? Seus amigos e seguidores são levados a pensar sobre o seu mundo ou eles são encorajados na sua caminhada com Deus, direcionados a olhar mais para Cristo, sendo desafiados de forma amorosa a viverem em santidade e crescerem em comunhão? Compartilhar um álbum enorme das nossas férias no Caribe com a legenda “Deus nos deu um tempo maravilhoso!” pode não estar, de fato, se referindo ao Criador. E, talvez, tuitar sobre uma citação edificante de uma pregação que você acabou de escutar possa ser mais útil do que uma foto sua falando ao microfone.

Não que tudo tenha que ser obviamente “espiritual”:

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perguntar o nome de um mecânico confiável, enviar fotos dos filhos aos avós ou comentar sobre o tornado que você acabou de ver passar pela cidade não é errado. Mas se o assunto nos feeds é geralmente sobre você, ainda que sejam “cristianizados”, talvez o foco precise ser mudado.

O que. O que você está postando está dentro da lei? Provavelmente. Eu diria poucos de nós, se é que alguém, estão fazendo qualquer coisa ilegal nos feeds. Mas o que você está postando é edificante (I Co 10:23)? Isso é mais difícil. Ao menos, eu penso que é; edificar requer reflexão e altruísmo, enquanto que estar dentro da lei apenas exige base moral.

Postagens sobre a corrupção de políticos raramente honram autoridades governamentais (I Pe 2:17). Declarações absolutistas sobre o colapso eminente da civilização ocidental promovem preocupação sobre o futuro, não confiança na providência do Senhor para hoje (Mt 6:34). Há, ainda, aquelas postagens ostensivas (muito além da falsa modéstia), nas quais dizemos a todos que nossos filhos são os mais inteligentes, nosso(a) marido/esposa é o(a) melhor ou, ainda, que o nosso jantar foi o mais delicioso. Isso é simplesmente não se gloriar no Senhor, que é a única forma de glória que nos é permitida (Jr 9:24).

O que você compartilha reflete humildade, considerando os outros melhores que você mesma (Fl 2:3)? É algo feito com ambição ou orgulho? Então, é errado. “(…) Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe“, tuíte e poste sobre essas coisas (Fl 4:8).

Quando. Nós também temos que nos acautelar de “quando” estamos postando. Uma das formas mais óbvias de como podemos errar neste quesito é usando as redes sociais o tempo todo. Quando foi a última vez que você atualizou a sua foto de perfil? Qual foi a última vez que você tuitou? É esse um uso sábio do tempo limitado que Deus lhe deu nesse mundo? Claro, se a casa está em ordem, as contas estão pagas, as crianças estão dormindo, a roupa está limpa e tudo está pronto para o dia seguinte, tuíte. Se não está te destraindo do(s) seu(s) chamado(s), então é algo legítimo a se fazer.

Em seguida, temos os outros “quando”. Estamos com raiva? Espere (Pv 29:11). Estamos postando vídeos e textos cômicos (totalmente legal, possivelmente auxiliador em alguns casos) no dia em que um membro da igreja está enterrando seu(sua) marido/esposa? Estamos aconselhando um jovem casal sobre o investimento que uma criança requer quando eles anunciam que estão esperando seu primeiro filho? Compartilhamos reflexões sobre a vida no conforto do nosso lar enquanto um amigo luta contra o desemprego? Essas atitudes violam a base de alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram (Rm 12:15).

É necessária também a sabedoria para saber quando estamos entrando em discussões ou debates infrutíferos ou tolos. As redes sociais são ótimos lugares para compartilhar links de artigos ou postagens de blogs, mas, frequentemente, não é um bom lugar para resolver problemas. E é certamente tentador comentar nos status obviamente bobos dos outros. É aí que precisamos saber quando devemos nos afastar (Pv 26:4); há momentos em que isso não ajuda ninguém.

Em outras palavras, as redes sociais são ambientes que promovem o egoísmo e o narcisismo; atitudes e uma mentalidade que direcionam as palavras e os pensamentos à nós mesmos. Conforme encontram morada em nossos corações, as Escrituras nos ajudam a lutar contra essas tendências e o Espírito Santo nos capacita a adorar à Deus e servir aos outros, morrendo para nós mesmos, inclusive ao usarmos as redes sociais. Qualquer coisa que façamos, seja tuitar ou postar, façamos para a glória de Deus (I Co 10:31).

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Este post é uma tradução de um artigo de Rebecca VanDoodewaard publicado originalmente no Blog “The Christian Pundit”, traduzido e re-publicado com permissão da autora. ps. A versão em português tem algumas (pouquissimas) alterações solicitadas pela própria autora.

*Rebecca VanDoodewaard é dona de casa, editora free-lancer e escritora. Ela é esposa do Dr. William VanDoodewaard, ministro da Associate Reformed Presbyterian Church e professor de História da Igreja no Puritan Reformed Theological Seminary, com quem tem 3 filhos. O casal bloga no “The Christian Pundit”

** Tradução: Vivian Junqueira Viviani