victorian_romanceTalvez você tenha percebido que alguém te puxou para conversar a sós na igreja. De novo. Ele está presente nas redes sociais, curtindo tudo o que você posta. Talvez ele tenha te enviado um SMS ou dois. Você percebe que certamente há alguma atração ali. Se você é solteira isso pode ser o inicio de um relacionamento maravilhoso. Se você é casada, pode ser o início de um caso.

O que você faz quando alguém que não é o seu cônjuge demonstra interesse em você além de uma amizade cristã? Se alguém não está te tratando como uma irmã ou irmão mais nova(o) (1Tm 5:2), como você pode pensar e agir de modo que proteja seu casamento, a Igreja e o Nome de Cristo?

1. Reconheça o Perigo. Se alguém que não é o seu cônjuge está emocionalmente ou fisicamente atraído por você, isso não é algo inocente, inofensivo ou engraçado. É perigoso. O Diabo anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar (1 Pe 5:8). Essa é uma das formas que ele usa para fazer isso. Isso é sério! E se você for ingênua e tola como o jovem em Provérbios (7:7ss.), isso pode arruinar o seu casamento.

2. Fuja para Cristo. Corra para a segurança da Cruz. Fale ao Senhor sobre os seus medos, preocupações e sentimentos. Peça proteção, por mais fome de justiça, por um grande amor pelo cônjuge que Ele providenciou para você. Suplique por Sua promessa de não te deixar cair em tentação, mas de te livrar do mal (Mt 6:13). Agradeça pelo poder e pela força do Espírito Santo para preservar e mortificar o pecado.

3. Conte ao seu Cônjuge. Se ele não percebeu, conte a ele o que você acha que está acontecendo. O simples ato de informar a outra pessoa que te ama e se importa com sua alma e com o seu casamento já traz alguma segurança. É esquisito dizer ao seu marido, “Isso pode soar estranho, mas eu estou bem certa de que ‘fulano’ está flertando comigo“? Talvez. É sábio e correto? Sim! E se a situação continuar, talvez seja necessário passar pela situação constrangedora de falar com um pastor ou presbítero sobre isso. Na nossa cultura, geralmente assumimos o risco do adultério para evitar desconforto social. Quando reconhecemos a seriedade do pecado e onde ele pode nos levar, paramos de negociar dessa forma.

4. Namorem. Edifique o seu casamento. Claro, isso deve ser um projeto de vida. Mas quando o casamento está sendo ameaçado dessa forma específica – um intruso fragilizando a união emocional ou física do cordão de três dobras – então, há uma necessidade urgente de cultivar intimidade emocional e física com seu cônjuge. Não apenas tornará um caso extraconjugal menos atraente para você, mas também enviará uma mensagem: “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu” (Ct 6:3). Há algo numa esposa constantemente apaixonada por seu marido e num marido constantemente apaixonado por sua esposa que afasta os assédios do adultério.

5. Corte todas as Interações Desnecessárias. Se você, por causa do trabalho, precisa falar com com essa pessoa que está demonstrando interesse em você, fale apenas o estritamente necessário. Se ele tentar ter uma conversa a sós com você na confraternização de Natal, se afaste. Se ele se senta perto de você nas programações da igreja, troque de lugar. Isso não é cruel ou não cristão; é sábio. É não dar lugar ao Diabo (Ef 4:27). É não deixar nenhuma oportunidade para o erro. Novamente, isso pode causar algum desconforto social, especialmente porque você pode parecer uma mulher fria para pessoas que não estão cientes da situação. Esse é um pequeno preço a pagar pelo seu casamento, não é?

O problema é que tratamos o pecado com descaso e pensamos que somos fortes. Pensamos que podemos receber o assédio e, ainda assim, ter um casamento forte e fiel. Não podemos! Mesmo que o adultério físico nunca ocorra, o laço emocional entre marido e esposa será enfraquecido; o coração do marido não confiará mais totalmente (Pv 31:11). Frieza e dúvidas surgem quase sem percebermos e o casamento é prejudicado, mesmo que não tenhamos ido para a cama com mais ninguém.

Deus ama casamentos fiéis e Ele ama prover para esses casamentos e protegê-los. Não sejamos soberbos a ponto de não usar os meios sãos e bíblicos de obecedê-Lo e abençoar nosso cônjuge.

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Este post é uma tradução de um artigo de Rebecca VanDoodewaard publicado originalmente no Blog “The Christian Pundit”, traduzido e re-publicado com permissão da autora.
ps. A versão em português tem algumas (pouquissimas) alterações solicitadas pela própria autora.

*Rebecca VanDoodewaard é dona de casa, editora free-lancer e escritora. Ela é esposa do Dr. William VanDoodewaard, ministro da Associate Reformed Presbyterian Church e professor de História da Igreja no Puritan Reformed Theological Seminary, com quem tem 3 filhos. O casal bloga no “The Christian Pundit”

** Tradução: Vivian Junqueira Viviani