woman-readingGálatas 5:22-23 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.”

Por que gostamos de uma fruta? Simplesmente porque é bonita de se ver e doce para comer. É um presente de Deus para nós, para nutrir nossos corpos. Frutas nos dão força e isso nos dá alegria.
O fruto do Espírito é assim também. Há uma beleza e doçura quando os testemunhamos nos outros, assim como quando nós mesmos os manifestamos. Nossa caminhada cristã é energizada e nós temos alegria e paz. Assim como há uma grande variedade de frutas, assim há variedade de frutos do Espírito.


O amor é o primeiro fruto e o mais importante. Ele nutre os outros frutos. O amor que Jesus exibiu na cruz, morrendo para pagar a dívida dos pecadores, é o amor que nos alimenta e nos abastece, nos movendo a amá-Lo de volta com fervor e para mostrar amor sacrificial para o nosso próximo.
O fruto da alegria é muito mais do que a mera felicidade que flui e reflui, em resposta às circunstâncias da vida. Alegria flui a partir da presença de Deus em nossas vidas e é profunda e constante. Alegria parece ser para mim como um girassol, seguindo o curso do sol. Mesmo em tempos de tédio, a nossa alegria é focada no Filho da Retidão.
A paz é uma calma altruísta em face do ódio e da oposição. Nós seguimos o exemplo de Jesus na cruz, que mostrou paz e amor para aqueles que estavam em guerra contra Ele, orando: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem.” Temos uma segurança que decorre de saber que “É bom com a minha alma, no tempo e na eternidade”.
O fruto da longanimidade (ou paciência) é a perseverança, apesar da adversidade. É o que Jesus demonstrou aos judeus quando Ele continuamente trouxe-lhes o evangelho, mesmo quando procuravam oportunidades para prendê-lo. E isso é o que Jesus nos mostra hoje. Portanto, nós somos pacientes com os outros ao nosso redor, mesmo quando eles nos são penosos. Talvez precisemos dar a outra face. Nós sofremos muito com um coração amoroso, paciente.

Os frutos de gentileza (amabilidade) e bondade andam de mãos dadas. A bondade é o pensamento e inclinação da mente e do coração, e bondade é a ação que traz resultados. Você não pode ter um sem o outro. Gentileza permeia tudo o que pensamos e fazemos. Bondade é fazer o que é certo e bom, não só para mim, mas também para os outros. Gentileza infiltra no interior e bondade é derramada em atos de amor. É demonstrada por palavras e ações. Nós queremos o melhor para nossos companheiros humanos, independente se eles merecem ou não, porque já experimentamos o melhor de Jesus, embora nós não merecêssemos.

Fé (fidelidade) tem duas facetas. Por um lado, nós colocamos nossa confiança em alguém fora de nós mesmos. Nós confiamos em Deus com tudo o que está em nós. Mas também confiamos na bondade de Deus em outros, com o amor em nossos corações, ao contrário de confiar apenas em nós mesmos. A outra faceta da fé é ser fiel a Deus e aos outros: cumprir minhas promessas, fazer o trabalho atribuído a mim, sacrificar-me pelos outros, ser um amigo de confiança, e estar lá quando meu próximo precisa de mim.
A mansidão é mais um daqueles frutos que dá sabor a tudo o que fazemos. É a atitude de estimar e elevar os outros mais do que a nós mesmos. Não nos vangloriar ou promover a nós mesmos. Pelo contrário, com a consciência de que somos pecadores, nós nos gloriamos em Deus e promovemos Ele e o próximo. Quando somos humildes, estamos submissos a Deus e àqueles que têm autoridade sobre nós. Mansidão decorre do sentimento de servidão e da percepção de que as coisas boas que nos chegam são um dom da graça de Deus. Assim gratidão e humildade são inseparáveis.

O fruto da temperança (autocontrole) só pode fluir de um coração que é controlado por Cristo. Quando nossa vida está sob a sua autoridade, desejamos seguir as Escrituras. Nós dizemos: “Oh, quanto amo a tua lei.” Nós entregamos nossa vontade a Ele. Nós amamos obedecer, embora lutemos para fazê-lo às vezes. Batalhamos contra tudo o que é contrário à Palavra de Deus. Nós não fazemos isso por mérito ou legalismo ou para a glória dos homens, mas usamos o autocontrole, porque nós amamos o bem e amamos a Deus, e nós odiamos o mal.
Todos esses frutos: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança têm um objetivo = trazer glória a Deus. Nós amamos esses frutos, porque eles são bonitos no jardim de Deus, a igreja. Eles são doces e eles nos alimentam. E mesmo que a nossa velha natureza por vezes se esforce nós amamos praticar estes frutos. Cada um de nós nutre frutas diferentes: alguns são uvas, alguns são maçãs e alguns são mangas, mas todos são bons e valiosos. Vamos orar para que o fruto do Espírito visto em nossas vidas seja tão doce e bonito que atraia outros ao nosso Senhor Jesus Cristo.

2015-03-11

__________________

Mary Beeke pic

*Mary Beeke é esposa do Dr. Joel Beeke e mãe de Calvin, Esther e Lydia. Ela trabalhou como enfermeira e professora, e tem mestrado em educação especial. Desde 1989 é dona-de casa e esposa de pastor.

** Tradução: Bruna Bugana