Hoje continuaremos a nossa série de indicações da editora Shema.

Chamado de “o príncipe dos pregadores para crianças” pelo próprio C.H. Spurgeon, dentre tantas obras, Nilton escreveu “A Estrada do Rei – Os 10 Mandamentos Explicados Para os Mais Jovens”.

Esse livro é uma envolvente e cativante exposição dos 10 mandamentos e, está dividido em 11 capítulos, sendo que o primeiro mandamento está distribuído em dois deles. O autor expõe cada um deles com exemplos claros tanto para adultos como às crianças de como cumprir os Mandamentos e também como não os honramos. Este livro é excelente para se ensinar as virtudes cristãs já que explica como devemos agir diante de Deus e dos homens de forma a agradar ao Senhor.

“Uma estrada é uma via ou um caminho definido, preparada para as pessoas andarem nela. Em um país governado por um rei é de se esperar que ele faça estradas públicas para o bem-estar do povo.”

Esse livro pode ser usado em casa, como material devocional, em estudos bíblicos, aulas de escola dominical, etc. Em breve, pretendemos iniciar sua leitura diária na hora de dormir em minha casa.

O primeiro capítulo explica o contexto em que os Dez Mandamentos foram recebidos e fala da sua divisão entre os quatro primeiros (deveres para com Deus) e os seis últimos (deveres para com o próximo) e discorre sobre as respostas à seguinte pergunta: O que é ter um Deus de verdade e que características esse Deus tem?

Finalizando o capítulo, Richard explica sobre quais são os nossos deveres para com Deus.

“Que cada um de nós pergunte a si mesmo: Tenho amado alguém ou alguma coisa mais do que amo a Deus? Se você ama, isso é seu ídolo.”

No segundo capítulo, Richard fala sobre a tolice de se ter outros deuses, o prejuízo de se fazer isso e da crueldade desse ato.

“Nossos louvores pertencem a Deus. Ele é digno de ser adorado. Devemos louvá-Lo continuamente por sua misericórdia sobre nós. Mas se temos algum outro deus além do Senhor, nós não O adoramos de jeito nenhum. Isso é roubar dele o louvor que só a Ele pertence.”

No segundo mandamento, Richard detalha sobre o que é fazer imagens de escultura. E se já nos impressionamos com sacrifícios humanos em favor de outros, muito mais admirável é o sacrifício do nosso Senhor Jesus Cristo, Deus encarnado, que se entregou livremente por nós. Como nos prostraremos a uma imagem com a visão de um Deus tão poderoso que realizou o sacrifício vicário e cabal, nos dando tão grande salvação?

Seguindo para o terceiro mandamento, dentre outros ensinos, destaco a orientação que o autor dá em como devemos agir diante de Deus e em relação ao nosso próximo no que diz respeito a santificar o nome de Deus no nosso dia a dia, não tomando Seu santo nome de forma leviana em nossa rotina, relacionamentos, palavras e atitudes.

“O nome dele (Deus) pode ser tomado em vão… quando falamos sem pensar, quando falamos falsamente e quando falamos profanamente.”

Tomar o nome dele em vão é inútil, covarde, vulgar, perverso e perigoso. Que oremos como Davi no Salmo 141.3: “Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios”.

Sobre o quarto mandamento, iniciado com “Lembra-te”, explica o que é entendido como Sábado ou Sabbath e o porquê de hoje guardamos o domingo: “O 1º dia da semana é o nosso descanso. Ele tem sido guardado por aproximadamente 2000 anos. Nós guardamos esse dia em memória da ressurreição de Jesus.”.

Em seguida, o autor nos explica como guardar o dia Santo:

“Não é o bastante somente parar de trabalhar. Devemos gastar o dia em adoração a Deus, estudar e pensar sobre Ele.” Os motivos de fazermos isso? O exemplo de Deus e seu comando. Será que algo que Deus ordena e ainda faz como exemplo não seria suficiente para que o obedeçamos prontamente?

Na segunda tábua, estão os seis mandamentos referentes aos nossos deveres para com o próximo.

O 5º mandamento diz: “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá”. O autor enfatiza como o 1º mandamento de responsabilidades para com o homem é em relação aos nossos pais e demais autoridades. A obediência deve ser imediata, carinhosa e honrosa. Como ilustrações, são contadas belíssimas histórias sobre algumas crianças e jovens que sofreram fome e privações para benefício de seus pais:

“Ontem, eu encontrei o senhor desconhecido na montanha. As pedras afiadas cortaram meus pés e um senhor os viu sangrando, então o senhor me deu dinheiro para comprar sapatos, mas, eu dei o dinheiro para minha mãe, pois ela também não tinha nenhum sapato e eu pensei que eu podia andar descalço melhor do que ela poderia.”

Nos capítulos sobre o sexto ao décimo mandamentos, Richard fala o motivo porque não devemos matar (6°), furtar (8°), dizer falso testemunho (9°) e cobiçar o que não é nosso (10°). O sétimo não é explicado intensamente (por não ser o mais adequado a leitores jovens), mas é apontada a necessidade da pureza do coração para cumpri-lo.

Ao final de cada capítulo há perguntas para reflexão que podem ser feitas de forma individual ou familiar.

Em uma época em que se confunde tanto bom comportamento meramente exterior com virtudes reais que brotam de um coração temente a Deus, foi precioso ler esse livro me relembrando que a Bíblia explica perfeitamente a maneira em que devemos viver piedosamente, como família da Aliança, diante de Deus e dos homens. Glória a Deus por sua Palavra!

Em Cristo.

Equipe MP

Richard Nilton nasceu na Inglaterra, na cidade de Liverpool; formou-se na Universidade da Pensilvânia em 1836 e cursou Teologia no Seminário Teológico Geral em Nova Iorque em 1839.  Foi ordenado ao ministério em West Cahester na Pensilvânia e serviu na igreja da Santíssima Trindade, Igreja de São Paulo, onde ficou por 22 anos; na Igreja da Epifânia e na Igreja da Aliança, Filadélfia, onde permaneceu até o fim de sua vida em 1887.