children readingO objetivo deste texto é simplesmente tentar despertar as mães para um mal escondido, na verdade, sagaz, assim como a Serpente, que com palavras falsas “envenenou” a mulher no Éden. “Mas receio, que assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e purezas devidas a Cristo” II Cor. 11:3.

Irmãs, temos que concordar que nosso maior ministério, são os nossos filhos. O Senhor nos deu tal responsabilidade e dela prestaremos conta. “Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com bom senso.” I Tim. 2:15. Pode parecer que eu esteja sendo dura, mas estou aqui somente para admoestá-las em amor. “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” Ef. 4:15.

Como tem sido o acompanhamento escolar do seu filho? Não estou falando em entender aritmética, ou decorar fórmulas de química. Mas principalmente aquelas que têm filhos na Educação Infantil e Ensino Fundamental: você tem acompanhado? Você alguma vez folheou o livro didático ou paradidático dele?

Quero contar a vocês uma pequena experiência pela qual eu passei. Por estar envolvida na área de educação, me sentia completamente segura quanto ao conteúdo visto pelos meus filhos. Apesar de eles irem a escolas seculares, sempre os acompanhei. Eu confiro agenda, faço juntamente a tarefa com eles, vou às reuniões de professores, converso com diretoras e coordenadoras. Porém, no começo desse ano, minha filha – de nove anos na época – ao folhear seu livro de interpretação de texto se depara com uma tirinha… Ela ri… e, de repente, o riso fica meio amarelo… Percebi que ela não tinha entendido a “moral” da história. Ao pegar o livro, eis que meu coração quase para, a tal tirinha contava a história de duas crianças que estavam conversando e que queriam saber mais sobre “sexo”… Não pude acreditar!!!! Um livro de português?! Continuei folheando e percebi que toda a unidade tratava sobre “afetividade”. Sim… Devemos tratar sobre afetividade, porém aquele texto não tratava sobre como devemos mostrar nossos sentimentos uns aos outros, mas sim sobre crianças (de 9 anos!) que querem saber sobre sexo; como disse o próprio texto…”como é…como vai ser…”! Na próxima página um texto dizendo que crianças sentem vergonha de brincar, acreditem, “pois não querem parecer crianças”; ou outro texto, de uma renomada senadora sexóloga, que diz que “você decide a hora certa de se relacionar…”?

Senti-me invadida! Chorei na frente da minha filha! Ela perguntou se tinha feito algo errado. Expliquei que não… Disse que não estou somente preocupada com ela, afinal ela tem pais que fizeram uma aliança perante o Senhor e a Igreja, que iriam criá-la nos caminhos Dele, mas que me preocupava também com todas aquelas outras crianças que os pais estão tão ocupados que não têm nem ideia do que está sendo ensinado nas suas escolas. Oramos naquele momento, rogamos pela vida dela e de seus irmãos, mas também pelas outras crianças, que são covardemente atacadas dia a dia por uma doutrinação. O tema é importante? Devemos falar sobre isso com as crianças? SIM!!! Mas é nossa obrigação e direito fazer isso, mais uma vez, nos padrões bíblicos. E não simplesmente acreditar ou torcer para que a professora não fale “nenhuma besteira”.

Aí você pode dizer que eu estou exagerando, que não é bem assim… Mas gostaria de citar um trecho de um livro paradidático, que também tive a infeliz oportunidade de ler com os meus olhos.

“Seu Noé e sua esposa perceberam que o casal de dinossauros se abraçava e se beijava de um jeito diferente. E lá foi Yafet perguntar para o senhor Aleph, que descobriu: o casal de dinossauros era formado por duas dinossauras. Na confusão da busca por um de cada bicho da Terra, alguém da família do seu Noé tinha cometido esse engano.

As duas dinossauras saíram juntas da Arca e foram, muito alegres e felizes, pelo mundo afora. É por isso, que apesar de tanta alegria e felicidade, não existem mais dinossauros no mundo.” (SANTOS, Flávio. Pois é, Noé. São Paulo: Leya, 2011.) 

Cito mais um livro, indicado para crianças de cinco anos, que conta a história de um menino fascinado pelo vestido da sua mãe, e que queria de qualquer forma usá-lo mesmo que outras pessoas achassem estranho. Então, o menino chega à seguinte conclusão, sendo este o último parágrafo do livro:

“Penso muito nos momentos especiais. Como vou saber a hora certa de usar o vestido? Afinal, todos os momentos são especiais!” (UMPI, Dani e MORAES, Rodrigo. O Vestido da Mamãe. São Paulo: FTD, 2015.)

A qual a conclusão nossos pequenos chegarão? Quem os irá guiar pelos retos caminhos?

Primeiramente, sei que muitas de nós nos sentimos cansadas e muitas vezes “despreparadas” academicamente para acompanhar os nossos filhos, mas deixe-me dizer uma coisa: isso é uma mentira que querem que você acredite. Você como mãe tem sim a responsabilidade de saber o que seu filho está lendo e aprendendo. Você pode se sentir desanimada por seus filhos já serem maiores, e ter negligenciado essa área da vida deles, mas essa é a beleza da Cruz! Ela nos permite nos arrepender e, pela Graça, recomeçar. Se você tem sido negligente nessa área, peça perdão ao Senhor e peça perdão aos seus filhos. Separe pelo menos alguns minutos do dia para ver o que ele tem aprendido; veja se o que ele tem estudado está de acordo com a Palavra do Senhor, use essa oportunidade para mostrar as verdades bíblicas para seu filho. Ensine-o a não simplesmente “engolir” o que lhe é passado na escola, mas estimule-o a ser um cristão pensador, formador de opinião e fazer tudo isso para honra e glória Dele. Afinal, não estamos aqui para nos conformar com esse mundo. “Não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12:2.

Em segundo lugar, se você se deparar com algum livro com conteúdo inadequado, vá à escola! Fale com os professores, coordenadores e diretores. Diga que você não quer ter seu filho exposto àquele assunto e que você gostaria de saber exatamente como ele vai ser abordado. Quando seu filho chegar da escola, pergunte como o assunto foi abordado e se for necessário vá à escola de novo. Se você não tem essa liberdade na escola do seu filho, talvez seja melhor pensar em outras opções, será que seu filho está no melhor lugar?. Por último, busque na internet sites e blogs que dispõem de listas de livros inadequados. E se for necessário, denuncie.

E que possamos ter o refrigério de saber que estamos cumprindo a nossa missão, não sempre de modo perfeito, mas certamente de modo fiel. “Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa.” Provérbios 31:28a .

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ale brottoAlessandra é casada com Rodrigo Brotto, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Teresina, e mãe de três lindos filhos: Sofia, Tito e Giana.