*Fonte: Site Terratraditions.com

Muitas vezes dizemos que os filhos são promissores. De certo modo, isso era verdade para Isaque, o filho da promessa. O que nos é dito sobre ele e o que podemos aprender de sua juventude para aplicar em nossas vidas?

Isaque traz alegria
Seu nome significa “riso” (Gn 21.6). Houve tempos de risada na expectativa pelo nascimento de Isaque (Gn 17.17; 18.12) e tempos em que parecia impossível Sara ter um filho. Mas, para o Senhor, nada é impossível (Lc 1.37). O nascimento de Isaque provou que Ele é o Deus soberano, que pode fazer por nós aquilo que não podemos fazer; o Deus que pode transformar a tristeza em alegria (Jo 16.20). Por acaso você fica triste, especialmente por seus pecados e pela falta de paz? O grande Filho de Isaque foi à cruz para tirar o pecado do mundo; Ele traz alegria e paz para pecadores que se refugiam Nele (Lc 2.29).

Isaque carrega fardos
O dia veio em que Abraão foi posto à prova. Ele foi levado para oferecer seu filho amado, Isaque, no monte Moriá (Gn 22.1-2). Abraão obedeceu pela fé, e Isaque o acompanhou. Embora Isaque não soubesse especificamente o que aconteceria no topo do monte Moriá, ele estava disposto a carregar a madeira até a montanha. Talvez não tenha sido fácil para Isaque, mas ele carregou o fardo que foi dado a ele — algo que realmente deveria ser feito (Gl 6.5; Lm 3.27). Esses jugos e fardos têm o propósito de nos fortalecer, nos moldar, nos ensinar a servir e nos levar a sempre recorrermos ao Senhor Jesus, o supremo Carregador de Fardos (Mt 11.28-30).

Isaque pergunta sobre o Cordeiro
Conforme Isaque e Abraão estão subindo o monte Moriá, Isaque vira-se para seu pai e pergunta: “onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn 22.7). É bom que os filhos tenham esse tipo de ligação com os pais, perguntando coisas e falando sobre seus problemas com eles. É bom quando pai e filho podem falar do serviço do Senhor e, nesse caso, subir a montanha juntos em adoração. E é bom quando os filhos podem perguntar a seus pais sobre o Cordeiro: “Quem é Ele? Onde Ele está? O que Ele veio fazer?”.

Isaque segue pela fé
Quando Abraão responde a pergunta de Isaque com estas palavras: “Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto”, Isaque não diz: “É só isso que você tem a dizer, pai?”. Talvez você esperasse que ele corresse de volta montanha abaixo. Mas ele não faz isso. Ele segue pela fé, exatamente como o Senhor Jesus diria depois: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16.24). Será que nós conhecemos essa fé — a fé de um discípulo que nem sempre entende os caminhos do Senhor, mas voluntariamente se submete a Ele e o segue, pronto para entregar a si mesmo?

Isaque entrega a si mesmo
Quando eles chegam ao topo da montanha, Abraão constrói um altar e dispõe a madeira ali. E é nesse momento que Isaque percebe que ele mesmo seria o sacrifício. Será que ele não poderia ter resistido? Provavelmente. Isaque era um homem jovem; era mais forte que seu pai de idade. Mas ele se entrega; deixa-se ser amarrado e vê seu pai com a faca nas mãos. Isaque sabia de seu pecado e que Deus seria justo em condená-lo à morte. Será que você entregaria a si mesmo voluntariamente? O Senhor Jesus fez isso, o que maravilhou Paulo: “me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20).

Isaque recebe um substituto
Isaque não precisou morrer. Deus realmente proveu um sacrifício. Isaque poderia ser desamarrado do altar; o substituto tomaria seu lugar e morreria em vez dele (Gn 22.13). Isso aponta claramente para o sacrifício substitutivo do Senhor Jesus. Enquanto Isaque poderia ser poupado, Cristo não o foi; ele carregou o pecado de Seu povo (Rm 8.32; Is 53.6). Ele sofreu, o Justo pelo injusto, para nos conduzir a Deus (1Pe 3.18). Não houve anjo para parar Sua morte. A faca da ira de Deus não apenas pairou sobre Ele, como também caiu sobre Ele e o perfurou — para que pecadores como Isaque pudessem sair ilesos. Você não acha que Abraão e Isaque realmente adoraram ali (Gn 22.5)? Será que você já aprendeu a adorar pela fé na cruz de Jesus, o grande substituto?

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*Esse artigo foi originalmente publicado na revista The Banner of Sovereign Grace Truth (Edição online de Jul-Ago de 2017), traduzido com permissão do editor.
**Lawrence J. Bilkes é pastor da Ebenezer Free Reformed Church em
Dundas, Ontario.

*** Tradução : Rebeca Romero