Continuação…

3 – Anticoncepcionais hormonais – questões biológicas femininas.

A criação da pílula anticoncepcional marcou de forma definitiva a entrada da mulher no mercado de trabalho. Era o que o grupo feminista clamava que a mulher tomasse, se preciso fosse, escondido de seu marido, para que os filhos não atrapalhassem o que elas (as feministas) consideravam o mais importante na vida: a carreira profissional. Mas nunca nos é contado da história imoral que rondou a criação desse método como os ensaios em mulheres de países subdesenvolvidos ou em hospitais psiquiátricos onde sequer as mulheres poderiam autorizar a sua participação no estudo. Pincus e Rock são amplamente lembrados por suas contribuições ao “empoderamento reprodutivo” das mulheres, sem referência aos seus métodos preocupantes.

Não é novidade dizer que nós, mulheres, somos sentimentais, emotivas, e nosso humor oscila com maior frequência que os homens. Mas eu te pergunto: no que isso tira nosso valor? Não tira em nada! Deus nos criou assim. Tenho certeza de que o ciclo menstrual e as oscilações hormonais femininas foram criadas por Deus. Tenho certeza de que Ele não errou em momento algum ao planejar isso. Fomos feitas assim, perfeitas, à imagem e à semelhança do nosso Criador.

O feminismo e a negação da feminilidade trouxeram consigo o conceito de que menstruação é ruim, e se durante houver qualquer cólica, então, é o fim do mundo! “Uma mulher de TPM deveria ser mantida longe de qualquer ser humano”, diz-se popularmente; essa mulher é intolerante e incontrolável. Até usamos isso como desculpa pecaminosa para sermos grosseiras nessa época do ciclo menstrual. No pensamento mundano se a “pílula” bloqueia essas alterações hormonais conseguindo ‘masculinizar’ a mulher por que não a utilizar? “Vamos tornar as mulheres mais ‘domadas’ para o trabalho secular, menos sentimentais, deixando seus filhos na escola o maior tempo possível, ou ainda, vamos ‘livrá-las’ dos filhos para que possam então servir alegremente à sociedade e ao estado.”

Com esse pensamento em vista, vários riscos orgânicos relacionados ao uso de anticoncepcionais são ignorados em todas as prescrições pelo tão almejado benefício de não engravidar com seu uso. Ganho de peso, elevação de pressão arterial, aumento do risco de edema, trombose, acidente vascular cerebral, aumento do risco de vários tipos de câncer.

Antes de estudar mais sobre o assunto e entender a maternidade bíblica, eu justificava todos estes riscos com o seguinte pensamento: “ah, mas a gravidez também vem com riscos”. Que comparação infeliz! Era como se não valesse a pena enfrentar os riscos daquilo que Deus me chamou para ser, mesmo usando um método possivelmente abortivo. Que bom poder contar com o conhecimento de Deus e com seu perdão.


Como mulheres casadas há de se considerar ainda que o anticoncepcional interfere muito em nosso libido e, por vezes, nosso cônjuge sofre consideravelmente. A Bíblia deixa claro que Deus criou o sexo de forma belíssima para ser desfrutado dentro do casamento e a alteração artificial hormonal causada por ele nos deixa bem menos dispostas. Por outro lado, esse “efeito colateral” pode ser apresentando beneficamente pelo grupo feminista, dizendo que as mulheres conseguiram se livrar da “dependência emocional” de seu marido. Mulheres frias, sem filhos é igual a dedicação intensiva ao trabalho; exatamente no molde que o mercado de trabalho precisa.

Outra questão que apenas citarei: os problemas advindos do uso precoce e por tempo muito maior dos contraceptivos iniciados na adolescência. Também, qual a relação de seu uso com infertilidade futura ou com o aumento da taxa de depressão nas mulheres, aumento da síndrome do Pânico entre outras situações psicológicas?

Resumindo essa parte, vale a pena questionar: mesmo que o mecanismo de ação do anticoncepcional não fosse possivelmente abortivo, ainda valeria a pena usá-lo sem desconfiança com tantos efeitos colaterais associados?

Continua…

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Ester M. Ribeiro é casada há 8 anos com Fernando Ribeiro, presbítero na Igreja Prebiteriana do Brasil em Jundiapeba, Mogi das Cruzes – SP. Desde 2019 é mãe homeschooler e, atualmente é Tutora Foundations do programa Classical Conversations e, em sua igreja, professora na Escola Bíblica Dominical. Médica nefrologista por formação trabalhando em horário (bem) reduzido pelo chamado como Mãe do Davi de 4 anos e Daniel de 2 anos.