Fonte: American Gallery

Fonte da Imagem: American Gallery

Eu conheço duas jovens moças que se casarão nesse verão. Elas têm belas alianças, escolheram todas as testemunhas e daminhas e se divertiram pesquisando por vestidos e em seus chás de panela. Mas isso não é o suficiente para elas. Por mais prazeroso que o período de noivado possa ser, elas querem casar. De fato, elas mal podem esperar. Se você pedisse por favor que elas adiassem as coisas só por um tempinho, elas negariam. Elas fizeram todos os preparativos para que o casamento fosse possível, receberam uma promessa de casamento feita pelo homem que amam e não aceitariam nada menos do que isso, nem poderiam esperar mais do que o tempo necessário para o grande dia.

Então, é o casamento que está ditando no que elas pensam e como vivem nesse momento – não a aliança de noivado. A jóia é apenas um encorajamento e um símbolo do que está por vir. Conversas sobre o pedido de casamento ou sobre os preparativos que já foram feitos não são os pensamentos que mais ocupam a sua mente e sim o que acontecerá da lua de mel em diante. É por isso que fazer as malas, organizar os documentos, e fazer contagem regressiva são as coisas que dominam os seus dias.

Haveria algo totalmente errado com o relacionamento se a noiva – ou o noivo!- aceitasse ficar na “sala de espera relacional” mais tempo do que o necessário. Uma noiva que não está focada no casamento por amor ao seu noivo está desconectada com a realidade, desequilibrada e, geralmente, despreparada para tal compromisso.

Mas nós, cristãos, frequentemente agimos assim, não é mesmo?

Frequentemente, nós nos contentamos e ficamos confortáveis com nossas vidas. Sabemos que Cristo está vindo, mas enquanto tivermos uma vida boa aqui, pra quê a pressa? Nós realmente não agimos como a Noiva de Cristo que as Escrituras dizem que somos – almejando pelo retorno do Noivo. Nós vamos para a Igreja, frequentamos nossas redes sociais, oramos antes das refeições, assistimos as coisas horríveis de sempre, lemos nossas Bíblias, ficamos obcecados por algo no nosso passado e raramente pensamos sobre a morte ou o retorno de Cristo.

Agir como a Noiva que somos é bem diferente de ir comprar o vestido e encontrar um salão. (Cristo faz essas coisas para os cristãos, então não precisamos fazer isso). Para os crentes vivendo nessa Terra isso significa esquecer o que para trás fica e prosseguir para o alvo: a consumação da segunda vinda. Isso significa entender que nós fomos colocados aqui por uma razão: preparar-nos para o casamento.

É para isso que o noivado serve, certo? Para dar tempo para a noiva (e o noivo) arrumar as coisas para o casamento e a vida juntos. Por isso a lista de presentes, os chás e as compras para as noivas desse mundo. Por isso os meios da graça, a santificação e as oportunidades de evangelismo para a Igreja.

Noivas que passam seus noivados perdendo tempo e fazendo planejamentos malfeitos irão se envergonhar quando o casamento chegar e a festa for caótica e faltarem louças na casa nova. Cristãos que perdem seu tempo nessa Terra vão ter que tristemente prestar contas se passarem esse período se preparando mais para outras coisas do que para o retorno de Cristo.

Isso não é salvação por obras. As noivas não fazem todos os preparativos para merecer o amor de seus noivos; elas já o têm. É esse amor que as motiva a estarem prontas para o casamento. Se nós amamos a Cristo, vamos começar a agir como Sua Noiva. Ele nos deu tudo que precisamos para nos prepararmos para Seu retorno, e já provou Seu grande amor por nós. Como podemos não ficar animados com o encontro com Ele e motivados para usar as ferramentas que Ele nos deu para estarmos prontos?

2015-07-13

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Este post é uma tradução de um artigo de Rebecca VanDoodewaard publicado originalmente no Blog “The Christian Pundit” traduzido e re-publicado com permissão da autora.

*Rebecca VanDoodewaard é dona de casa, editora free-lancer e escritora. Ela é esposa do Dr. William VanDoodewaard, ministro da Associate Reformed Presbyterian Church e professor de História da Igreja no Puritan Reformed Theological Seminary, com quem tem 3 filhos. Rebecca está grávida do quarto filho. O casal bloga no “The Christian Pundit”

** Tradução: Bruna Bugana e Flávia Silveira