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Hospitalidade

Meus pais sempre receberam as pessoas com alegria. Nos ensinaram a sentar à mesa com nossas visitas e curtir a companhia deles. Em nosso lar, eu e meu marido temos a mesma alegria em receber. Mesmo antes de nossa casa ter uma cozinha de fato, para servirmos através dela, já tínhamos nossa listinha de primeiras visitas.

É prazeroso servir com alegria e disposição. Melhor ainda quando ambos participam do preparo. Em casa, gostamos de decidir e preparar juntos o que serviremos. Mesmo que seja o suco/café (risos), há espaço para ambos participarem do preparo e cultivarem no coração a alegria de servir através da hospitalidade. Mas, temos aprendido que hospitalidade vai além da recepção, cardápio ou condições ideais.

Em seu livro Vislumbres da Graça, Glória Furman escreve sobre a hospitalidade: 

Fomos criadas em Cristo Jesus para caminhar nas boas obras, como mostrar hospitalidade (Efésios 2.10), então devemos mostrar hospitalidade de um modo digno do chamado de Deus. Jesus fornece o amor ágape de que precisamos, e, quando nossas almas estão satisfeitas nele, transbordamos em amor ao próximo. Quando amamos nossos vizinhos dessa forma, imitamos a Deus e caminhamos em amor como Cristo nos amou (Efésios 5.1-2). Então alegre-se na provisão do amor de Jesus e veja como o amor flui livremente a partir de sua casa, para abençoar quem quer que Deus traga à sua porta.

A hospitalidade nos ensina sobre amor ao próximo, alegria em receber, humildade para aprender e/ou ensinar, disposição para servir, e compromisso em não deixar que as pessoas saiam de seu lar sem ouvir o Evangelho, nem que seja através da oração em agradecimento ao nosso bom Deus. (Hebreus 13.2 e 1Pedro 4.9)

3) Ser amada apesar dos pecados

E aqui está a outra face da moeda de amar um pecador… Você também é uma pecadora miserável! Mas você também é amada, apesar de seus pecados. Conforme os anos forem passando, nossos maridos conhecerão nossasfraquezas, nossos pecados que estavam escondidinhos, muitas vezes até de nós mesmas. 

Mas o fato deles conhecerem as nossas piores facetas e ainda assim nos amarem e nos apoiarem nos lembra muito o maior amor de nossas vidas – do nosso Senhor Jesus! 

Mesmo quando fizermos tudo errado, nossos companheiros estarão ao nosso lado nos dando suporte e enfrentando as consequências dos nossos erros junto conosco. Isso porque “o amor cobre multidão de pecados.” 1Pedro 4:8b

Como pastores de nossos corações, eles serão instrumentos do Senhor para repreensão, mas também de graça e proteção. 

Todas as vezes que você agir com rispidez ou de modo injusto com seu marido, e ele te constranger com amor e bondade, seu coração se emudecerá e então crescerá um sentimento de gratidão a Deus por ter um marido amoroso. Responda a isso com gratidão e contentamento ao nosso Senhor, que nos ama apesar de nossas falhas. 

graça e a dependência de Cristo

Somente a graça de Deus pode nos sustentar e transformar no processo e somente a esperança futura em Cristo pode nos encorajar e motivar mesmo em meio às lutas presentes. Ajustar nosso foco — lembrando que o nosso “final feliz” não é aqui e agora — é essencial se queremos glorificar mais a Deus, amar mais o nosso marido e desfrutar mais profundamente do casamento.

Citação do e-book Rumo ao Altar: Conselhos para Noivas – Elisa Bentivegna da Silva

O casamento é algo muito bom, mas não é um fim em si mesmo. Como na citação acima, não é nosso “final feliz” ainda. Por mais que tenhamos dias que sejam tão felizes, que desejemos que todos os demais fossem assim, não podemos distorcer seu significado e nos esquecer do alvo a ser seguido. O alvo do casamento não é a nossa felicidade. Embora Deus, bondosamente, nos conceda muitos momentos felizes nessa jornada a dois, por vezes, são os momentos difíceis que Deus usa para nos lembrar de nosso alvo, que é glorificá-lo e nos fazer mais parecidos com Cristo. E nisso está a nossa verdadeira e permanente felicidade!

A oração e a dependência de Cristo nos ajudam a ajustar nosso foco, além de ser o meio para transformar nosso coração e casamento. Quando nós oramos como casal, e pedimos perdão a Deus por aquilo que não estamos cumprindo de acordo com os padrões estabelecidos por Ele, a graça de Deus está agindo e nos alertando para o que precisa ser mudado. Orar juntos é uma das alegrias e refrigérios que o casamento nos proporciona. Saber que nós temos a quem recorrer, e não se trata de alguém falho e pecador como nós, é maravilhoso! 

Orar, confessar e se arrepender, não quer dizer que agora nós não nos exercitaremos na piedade ou que seremos plenamente capazes de seguir o alvo todos os dias. Mas que nós reconhecemos nossa dependência de Cristo para esse exercício diário. Em uma de suas pregações, o pastor Alan Rennê diz: 

O casamento não é sobre o quanto nós sabemos ou fazemos, mas sobre a nossa dependência de Cristo para vivermos o que aprendemos.

Que possamos confiar e contar com a graça de Deus para nos ensinar o que ainda não aprendemos e nos capacitar a praticar o que já sabemos. Dentre as muitas alegrias do casamento, a maior delas é viver com um Deus pessoal que nos guia, ensina e capacita através de nosso casamento. 

Fim.

Camila e Juliane são amigas a cerca de 10 anos.

(À direita na foto)Camila Fernandes tem 27 anos, é casada há 1 ano com  Felipe Fernandes. Congregam na Igreja Presbiteriana de Poá-SP.  Exerce a profissão de Arquiteta. 

(À esquerda na foto)Juliane Oliveira tem 27 anos, é casada há 4 anos com o Wellington. Congregam na Igreja Presbiteriana de Poá-SP, onde é professora das crianças na Escola Dominical. Exerce a profissão de advogada, e de cozinheira amadora no tempo livre.